Já iniciaram as obras de requalificação da Praça da Juventude, há muito reclamada pelos munícipes e prometida pela edilidade da Cidade de Maputo.
As obras decorrem desde segunda-feira e contam com a participação de cerca de 100 jovens voluntários e técnicos do Município que, nesta primeira fase, trabalham na vedação do local.
“Queremos reconstruir para implantar infra-estruturas e serviços que possam apoiar a juventude a ter um local seguro para a sua ocupação saudável, mas também para que a juventude possa ter um local digno do seu reconhecimento”, explicou o vereador para área da Juventude e Cidadania, Nércio Duvane.
Segundo o vereador, a intenção é que a Praça da Juventude, conhecida como um lugar imundo e usado para o comércio, num lugar belo, aprazível e limpo, tenha cenário diferente do que antes ostentava.
Para o efeito, serão investidos 12 milhões de Meticais e a previsão é entregar o local até ao fim-do-ano.
“Nesta primeira fase, teremos as componentes da jardinagem, da arborização, instalação de bancos para acomodação, vias pedonais para manutenção física; a da iluminação e segurança e implantação de infra-estruturas para tornar o espaço funcional para as necessidades da juventude”, explicou Duvane.
Os munícipes mostraram-se satisfeitos com a requalificação, mas a alegria não é de todos, pois parte das 100 pessoas que exerciam actividade comercial naquele local ainda procuram por um espaço definitivo para trabalhar.
O destaque vai para os vendedores de material de construção que se instalaram no cemitério há tempo abandonado, localizado mesmo em frente à Praça da Juventude.
Os vendedores, que não quiseram ser identificados por temerem represálias, queixaram-se de abandono, por parte do Município, alegando que, depois de anos a praticarem suas actividades na Praça da Juventude, foram obrigados a sair sem serem atribuídos um espaço para continuarem a exercer as suas actividades comerciais.
Conforme explanou o vereador para Área da Juventude ao “O País”, durante os trabalhos de sensibilização e registo para retirada voluntária dos vendedores daquele local, apenas os taxistas e os que vendiam roupa e produtos de mercearia foram integrados noutros locais, mas os que exercem o trabalho de reparação de viaturas e venda de acessórios, bem como os que vendem material de construção, não foram abrangidos no processo de integração.
A justificação é que “para estes grupos, desde o primeiro momento, pedimos que organizassem a sua actividade, para o caso dos vendedores de material de construção cuja actividade é das ferragens e estaleiros. Sabemos que grande parte desses munícipes já tem esses estabelecimentos e pedimos-lhes que criassem condições para exercer as actividades neste local”.