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Há cada vez mais casos de malária e diarreia na Cidade de Maputo

Foto: O País

A época chuvosa 2022–2023 provocou mais casos de diarreia e malária na Cidade de Maputo, comparativamente aos últimos dois anos. Até a esta altura a cidade já registou 3365 casos de malária, contra 3296 casos no ano passado.

A chuva que cai desde Outubro do ano passado já provocou mais de 3300 casos de malária só na Cidade de Maputo. Os dados indicam um aumento de casos nos últimos dois anos.

“Foram registados 3296 casos de malária no ano passado, contra 3365 registados este ano. Para a diarreia temos 5406, contra 5838, registados em 2022”, disse Octávio Jordão, chefe de vigilância epidemiológica no Município de Maputo.

A subida de casos deve-se à intensidade da chuva na presente época, que provocou inundações urbanas e colocou muitas famílias em situação de vulnerabilidade.

Segundo o responsável pela vigilância epidemiológica no Município de Maputo, apesar desta tendência de aumento de casos, a situação ainda não é alarmante.

“Nesta monitorização de doenças diarreicas, nós colhemos 12 amostras de casos suspeitos de cólera. Entretanto, todas deram negativo para o embrião colérico. Apenas uma amostra deu positivo para Escherichia coli, uma bactéria que também causa diarreia em indivíduos”, explicou Jordão.

Os distritos de kaLhamankulo e kaMavota são os que mais casos registam, principalmente por se apresentarem como zonas mais afectadas pelas enxurradas.

“Há zonas e bairros muitos críticos, com casas alagadas, onde a situação do saneamento do meio, a higiene pessoal e colectiva, bem como a disponibilizada de água potável para o consumo está comprometida”, acrescentou.

Segundo deu a conhecer o entrevistado, os centros de acomodação abertos para as vítimas das inundações têm merecido maior atenção por parte das autoridades, por reunir condições para uma fácil propagação de doenças.

 

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