Na véspera da cimeira entre Portugal e Moçambique, a realizar-se na quinta e sexta-feira, o especialista em segurança português, Jaime Nogueira Pinto, diz que Portugal deve reforçar a cooperação técnico-militar com Moçambique, com vista a ajudar no combate aos grupos radicais islâmicos no norte do país e a integrar os quadros militares da oposição.
O especialista disse esperar que a cimeira entre os dois países signifique que Portugal está ao lado de Moçambique “cuja credibilidade internacional foi colocada em causa depois de terem sido descobertos empréstimos escondidos, com garantia do Estado”, escreveu o Notícias ao Minuto.
Pinto disse ainda que a visita do Primeiro-Ministro português, António Costa, a Moçambique é uma forma de dizer que Portugal está disponível e tem confiança nas autoridades moçambicanas.
"As forças armadas portuguesas têm uma tradição e uma experiência muito grande nestas áreas da contra-subversão", explicou Pinto.
Pinto acrescentou que a cimeira entre Portugal e Moçambique realiza-se num momento complicado e difícil para Moçambique.
"O projecto de descentralização pode ajudar a Renamo a ter algumas responsabilidades locais, mas claro que isso também tem alguns riscos. Mas pode permitir uma certa integração das classes políticas ", disse Nogueira.