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Portas considera que boas reformas atraem investidores

O antigo vice-Primeiro-Ministro de Portugal, Paulo Portas, considera que a globalização abre espaço para os países e as pessoas pobres melhorarem sua condição. Para o efeito, defende o não isolamento das nações através de murros ou fronteiras, pois em globalização, o dinamismo é permanente.

“Em globalização, uma boa ideia transforma-se rapidamente num bom negócio e as boas ideias são substituídas por outros negócios mais depressa”, alertou.

Portas disse acreditar que África possa dar grande contributo para o mundo, e recorreu a países da Ásia como exemplo de nações que fizeram da globalização um indutor do crescimento, apontando a China.

Falou de reformas, que aliás, considera imprescindíveis para o desenvolvimento de um país. “Só há revoluções quando não há reformas. As reformas são convidativas para os investidores. Se há reformas, nenhuma revolução é necessária”.

E lançou críticas às reformas do FMI. “As reformas são permanentes. Não se pode gerar fadiga das reformas, nem considerar que elas estejam feitas”.

Deu o exemplo da Irlanda, que atrvés de reformas fiscais, fixou a taxa do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC) nos 12.5%, o que os possibilitou alavancar sua economia. “Isso se faz não mudando as leis todos os dias”, disse. E alertou para a questão da competitividade dos países. “Ninguém é competitivo em todos os factores de competitividade”, No entanto, defende que é preciso que os países escolham onde apostar e daí, fazerem com que tal escolha represente uma marca para o país.

Na globalização, é essencial ser persistente, pois o imprevisível pode prevalecer, defende, baseando-se no Brexit como exemplo.

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