Não haverá falta de produtos essenciais no mercado, durante a quadra festiva, e não há razões para alarme, garantiram os agentes económicos das cidades de Maputo e Matola, esta terça-feira, à vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo.
Nas duas urbes, a governante visitou estabelecimentos comerciais e uma unidade de produção avícola, a fim de se inteirar do nível de abastecimento do mercado e da capacidade de resposta à crescente demanda que se verifica neste período.
Depois de interagir com os gestores, Ludovina Bernardo reiterou a disponibilidade de produtos essenciais no mercado, incluindo os que têm registado maior procura, como é o caso do frango. “Não há motivos de alarme pois os produtores, fornecedores e comerciantes estão preparados para fazer face à demanda”.
No que diz respeito ao frango, a governante recebeu garantias de que não haverá ruptura de stock durante as festas de Natal e de Fim de Ano, uma vez que a unidade avícola visitada está a operar na sua plenitude, havendo a possibilidade de incremento dos níveis de produção e produtividade, em caso de necessidade.
“Fazemos uma avaliação positiva, as empresas do sector avícola estão a operar na sua plena capacidade. No caso desta unidade, a produção diária, que é de 22 toneladas, está a ser alcançada”, sublinhou a vice-ministra, que apelou ao aprimoramento da cadeia logística e de distribuição.
Segundo Ludovina Bernardo, apesar da capacidade existente no mercado, ainda há desafios que persistem no sector avícola.
“O Governo decidiu não atribuir quotas para importação de frango porque temos capacidade para abastecer o mercado e queremos estimular e incentivar este sector para que a produção aumente cada vez mais, sendo, por isso, necessário que os principais intervenientes melhorem a coordenação e comunicação”, disse Ludovina Bernardo.
Na ocasião, a vice-ministra instou aos comerciantes, principalmente os que operam no sector informal, a observarem as margens de lucro definidas ou previstas na lei, bem como “a não especularem os preços sob pretexto de estarmos na quadra festiva”.
Entretanto, nos supermercados a azáfama dos clientes é notória por causa das festas que se avizinham. Alguns queixaram-se do encarecimento dos produtos de primeira necessidade.
Por exemplo, Raimundo Francisco, professor reformado, lamentou o facto de o poder de compra ser fraco, porque “o custo de vida subiu muito e não permite que o cidadão tenha uma quadra festiva confortável”.