Um agente da PRM e um membro da Polícia Municipal na Ilha de Moçambique estão detidos por terem fornecido droga para a comercialização. Os mesmos terão se apoderado de droga apreendida e decidiram fazer negócio.
São cerca de cinquenta quilogradas de dois tipos de droga apreendida das mãos de agentes que têm por missão manter a ordem e tranquilidade públicas.
“Recebemos informasções a partir do dia 27 dando conta que no distrito da Ilha de Moçambique, concretamente no Lumbo, havia uma casa cm suspeita de ter um produto que se suspeitava que fosse droga. Formamos nossa equipa dos nossos agentes que foi ao terreno e culminou com a recuperação de 37 embalagens contendo droga diversa, neste caso, a metanfentamina e heroína. Em termos de peso estamos a falar de 48.5 kg”, explicou Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC na província de Nampula.
O SENIC deteve primeiro um jovem que foi encontrado com uma tijela contend a droga. Ele terá sido confiado a missão de vender a referida droga. Através do mesmo, os investigadores criminais chegaram aos fornecedores que são membros da Polícia.
“As informações que nos deu levaram à detenção de um chefe das operações da Polícia Municipal [do Município da Ilha de Moçambique], bem como o chefe do posto policial de Lumbo que eram tidos como as pessoas que entregaram para a sua comercialização”.
Trata-se de droga que terá sido apreendida numa residência e no lugar de entregar às autoridas competentes para a conservação como prova e posterior destruição, os mesmos viram uma oportunidade de negócio.
“Não são só estes elementos que foram arrolados. Existem outros: um é agente da PRM e outros cidadãos que terão compactuado com a prática do mesmo crime”, concluiu Tsinine.
Os indiciados contam a sua versão dos factos.
“Estive a perseguir populares que possivelmente tinham invadido uma casa e retiraram lá droga. Na perseguição, deixaram cair uma tijela e apanhei. Foi isso só”, disse um dos indiciados e o outros acrescentou: “por causa de uma tijela de droga que encontrei durante a fiscalização e perseguição de uns miúdos. Peguei na droga e vendi”.
Por serem agentes da Polícia, a sua pena, caso sejam condenados, poderá ser agravada.