Dezanove mulheres foram detidas, ontem, pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e Polícia Municipal, quando se encontravam a manifestar nas proximidades do Palácio da Justiça em Maputo, pelo fim da violência, no âmbito dos 16 dias de activismo para o fim deste mal.
O grupo de activistas de direitos humanos do Observatório das Mulheres posicionou-se a mais de 100 metros do Palácio da Justiça em Maputo, esta terça-feira, para protestar contra todo o tipo de violência que assola o país e o mundo.
Mas, por que a escolha do Palácio da Justiça para esta manifestação?
De acordo com as manifestantes, é que cabe à instituição tramitar e dar desfecho a vários processos sobre a violência, mas não o faz com a devida celeridade.
Quiteria Guirengane é activista e diz estar espantada, porque, mesmo depois de avisar a Polícia, para a sua surpresa, apareceu no local para impedir a manifestação. “Tanto mais que nós comunicamos no dia 29 de Novembro, demos nove dias quando a Lei estabelece quatro dias de precedência. Esta manhã, a Polícia Municipal contactou-nos para esclarecer algumas questões sobre a manifestação”, disse.
Com a Polícia a não permitir que este grupo concretizasse as suas intenções, instalou-se uma confusão no local.
“Nós somos moçambicanas, não somos estrangeiras nessa terra, precisamos de nos respeitar, não matamos ninguém, não fizemos mal a ninguém”, reclamaram.
Porque não havia entendimento, todas foram recolhidas pela Polícia para uma esquadra.
Sobre o assunto, a Polícia da República de Moçambique prometeu pronunciar-se esta esta quarta-feira.