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PM sudanês demite-se sete semanas após acordo com militares golpistas

Foto: Reuters

O primeiro-ministro do Sudão, Abdullah Hamdok, anunciou ontem através da televisão a sua demissão, 42 dias depois de ter alcançado um acordo com os militares para regressar ao cargo, do qual foi deposto em Outubro último.

A renúncia de Hamdok surge no mesmo dia em que o país testemunhou uma nova jornada de manifestações contra o golpe de Estado de 25 de Outubro e contra o acordo com o líder da junta militar, Abdel-Fattah al-Burhan, escreve o Notícias ao Minuto.

Pelo menos três manifestantes foram mortos durante as manifestações, segundo o Comité dos Médicos do Sudão, um sindicato da oposição, tendo o total de vítimas mortais relacionadas com os protestos contra o golpe subido para 57.

Na sua comunicação, Hamdock declarou ter feito tudo o que foi possível para evitar a tal situação no país.

Os protestos intensificaram-se no Sudão desde que o líder militar sudanês, o general Abdel-Fattah al-Burhan, e o primeiro-ministro Abdullah Hamdok, destituído no golpe de Estado de Outubro, chegaram a um acordo, em finais de Novembro, para repor o último em funções e estabelecer um novo roteiro para as eleições no país, previstas para 2023.

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