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Número de vítimas de tráfico humano diminuiu na África subsaariana

Foto: CNN Portugal

O número de vítimas de tráfico humano na África subsaariana diminuiu ligeiramente em 12% entre 2019 e 2020, de acordo com o Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas das Nações Unidas, relativo a 2022 e divulgado esta segunda-feira.

Segundo o documento elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, as crianças continuam a representar a maioria das vítimas.

“Entre 2019 e 2020, a taxa de vítimas infantis por 1.000.000 habitantes aumentou 43%”, refere o relatório.

“Embora a exploração sexual seja historicamente uma forma de exploração noutras regiões que registam a maioria de vítimas do sexo feminino, o trabalho forçado continua a ser a forma mais comum de tráfico na África subsaariana, particularmente nos países da África Oriental, em que o tráfico para trabalho forçado representou 80% da forma de exploração para o total de vítimas registado em 2020”, aponta o relatório.

Em comparação com outras regiões de tráfico transfronteiriço, as vítimas da África subsaariana são detectadas num número crescente de países, tanto dentro como fora da região de origem.

Segundo o relatório, 85% das vítimas detectadas em 2020 foram traficadas domesticamente e nas situações em que foram detetadas vítimas estrangeiras, a maioria era traficada dentro da região de outros países da África subsaariana, particularmente de países da África Oriental e Austral.

“Os relativamente poucos fluxos de longa distância para a África subsaariana são originários principalmente do sul e leste da Ásia. No entanto, os fluxos da África subsaariana são muito mais variados e extensos. A maioria que é traficada fora da região é detetada em países do norte de África e do Médio Oriente Médio e na Europa”, destaca o documento.

Embora os homens representem a parcela dominante dos traficantes acusados na África subsaariana, as mulheres são condenadas numa grande proporção (44%).

“Em 2020, em cada dez pessoas acusadas, duas eram mulheres. Ainda, no mesmo período, por cada dez pessoas condenadas, quatro eram mulheres”, lê-se no relatório citado pelo Observador.

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