Cinco pessoas morreram na capital do país em consequência de acidentes de trabalho. A Inspecção-geral de Trabalho, delegação da cidade de Maputo, diz que de Janeiro do ano passado até ao primeiro trimestre deste ano registaram-se 142 acidentes de trabalho e a tendência é de redução, devidos às palestras nas empresas.
Os sectores de restauração, comércio, prestação de serviços, transporte de passageiros e carga, panificação, construção civil e indústria transformadora são os que registam mais acidentes laborais que, para além de mortes, causaram também invalidez às vítimas.
Zacarias Macuácua, delegado da Inspecção-geral do Trabalho, na cidade de Maputo, fala de uma tendência de redução dos acidentes laborais, mas, ainda assim, o seu impacto é devastador.
“São 142 acidentes de trabalho que ocorreram de Janeiro do ano passado, até ao primeiro trimestre deste ano. Destes, tivemos cinco mortes, temos 133 casos que resultaram em invalidez temporária e tivemos seis incapacidades permanentes, isto é, quando o trabalhador é incapaz de prestar a sua actividade no seu local de trabalho”.
A par desta situação, há, também, a pandemia da COVID-19, que empurrou para o desemprego na cidade de Maputo, pelo menos 1.500 trabalhadores. Cosme Nyusi, director do Serviço de Justiça e Trabalho, na cidade de Maputo, diz que neste momento, esse grupo de trabalhadores encontra-se num esforço titânico para recuperar seus postos de trabalho.
“Nós temos sectores gravemente afectados, por exemplo, o sector do turismo, hotelaria e restauração são sectores que foram devastados, mas agora, com o alívio das restrições em alguns sectores já começam a tentar recuperar”, concluiu.
Estas informações foram partilhadas, esta terça-feira, à margem do seminário sobre segurança e saúde no trabalho, que decorreu na cidade de Maputo, sob orientação do Ministério do Trabalho e Segurança e Social.