O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário defendeu, nesta terça-feira, em Abu Dhabi, que o sucesso dos programas do sector da saúde dependem da vontade política dos governos e recorreu ao exemplo de Moçambique para justificar sua tese. O dirigente falava, durante a conferência sobre a Aliança de Vacinas da Gavi, na cidade de Abu Dhabi.
No último dia da conferência, Carlos Agostinho do Rosário como orador de um dos painéis, dissertou sobre a experiência de moçambique na área da vacinação e defendeu que a vontade política tem desempenhado um papel importante para a redução da mortalidade infantil.
“Em 2011 tínhamos um orçamento de 6% para a saúde, neste ano o nosso Governo atribuiu cerca de 10% a este sector. Isso é resultado da vontade política existente. Temos dado atenção aos cuidados básicos de saúde materno-infantil e esses tem sido alguns dos factores para o progresso do nosso país nesse sector. Outro elemento a colocar é a parceiria importantíssima que temos com a Gavi, que tem sido um parceiro expectacular para o nosso Governo e tem vindo a nos ajudar para que possamos alcançar as nossas metas de governação”, disse.
A posterior, o Primeiro-ministro, destacou que o executivo olha a questão da saúde de forma holística, sendo por isso, que tem vindo a lograr resultados positivos. “Temos vindo a trabalhar noutras áreas, porque a saúde não pode ser vista de forma isolada. Por isso que temos vindo a trabalhar na agricultura para reduzir a insegurança alimentar, temos implementado programas de água e saneamento, o que tem vindo a reduzir a insidência da malária, cólera e outras doenças associadas. Se em 2011 em cada 1000 nascidos, morriam 97, em 2015 o úmero de óbitos reduziu para 60. Entendemos que de lá para cá tenhamos melhorado mais nesse sentido”, confiou o governante.
No fim, Carlos Agostinho do Rosário defendeu a necessidade dos países africanos investirem em tecnologias para que consigam produzir as suas próprias vacinas.