Moçambique está a trabalhar para a expansão da sua capacidade logística de transporte de combustíveis para atender à crescente demanda destes produtos por parte dos países do hiterland, anunciou esta terça-feira, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, no final da visita de trabalho efectuada à Companhia do Pipeline Moçambique – Zimbabwe (CPMZ), na cidade da Beira.
Mateus Magala trabalhou na CPMZ, na sequência da orientação saída do encontro entre os chefes de Estado de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema, no dia 04 de Abril corrente, durante a qual a República da Zâmbia apresentou a necessidade de melhoria da logística do transporte dos combustíveis importados a partir dos portos moçambicanos.
Para responder a esta preocupação, Magala orientou a Companhia do Pipeline Moçambique–Zimbabwe (empresa gestora do oleoduto que transporta combustíveis, do Porto da Beira ao Zimbabwe), e a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (entidade gestora do terminal de combustíveis do Porto da Beira) a trabalharem juntos para o aumento da capacidade de manuseamento e transporte de combustíveis para atender à crescente demanda dos países do hiterland, nomeadamente o Zimbabwe, a República Democrática do Congo, o Malawi e a Zâmbia, com especial atenção na preocupação apresentada pelo Governo da República da Zâmbia.
No trabalho a ser feito para a expansão da capacidade do corredor da Beira no manuseamento e transporte de combustíveis, o ministro sublinhou que deverá ser numa abordagem integrada para permitir que a capacidade de recepção do Porto corresponda às necessidades do consumidor final e da capacidade das infra-estruturas de transporte do pipeline.
Refira-se que o pipeline Moçambique–Zimbabwe possui uma capacidade de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos por ano, havendo perspectivas do aumento gradual desta capacidade para três milhões em Junho de 2023 e cinco milhões de metros cúbicos anuais, dentro de poucos anos. Em 2022, o Porto da Beira manuseou cerca de 1,7 milhões de metros cúbicos de combustíveis, em trânsito para o Zimbabwe, 97% dos quais transportados através do pipeline e os restantes 3% foram transportados através de camiões.
Acompanharam o ministro na visita à companhia pipeline Moçambique–Zimbabwe, o director executivo centro, da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, António Bié, e quadros do sector, do nível central e provincial.