A Procuradoria Provincial de Manica está a trabalhar em dois processos-crime relacionados ao branqueamento de capitais, casos que envolvem cidadãos de nacionalidade estrangeira.
Sem revelar o número de acusados, a Procuradoria de Manica avançou que se trata de cidadãos que foram neutralizados na fronteira de Machipanda, na posse de avultadas somas monetárias. Questionados sobre a origem de tanto dinheiro, não conseguiram justificar.
Cristóvão Mondlane disse que foi nessa sequência que foram instaurados dois processos-crime de branqueamento de capitais, havendo suspeitas de que o dinheiro visava financiar o terrorismo.
“Até agora, só temos dois processos-crime ligados ao branqueamento de capitais e estamos a fazer o nosso trabalho de investigação. Muitas vezes, são indivíduos de nacionalidade estrangeira que atravessam as nossas fronteiras sem declarar valores que a lei obriga que sejam declarados”, disse Mondlane.
Essas constatações foram feitas em Chimoio durante uma palestra, na quarta-feira, sobre o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, evento que juntou os órgãos de justiça e entidades bancárias.
Eventos de género estão a decorrer em todas as províncias do país. São organizados como parte de estratégia visando acabar com a “lavagem de dinheiro” depois de Moçambique ter constado, recentemente, da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional por não conseguir eliminar o financiamento ao terrorismo.