O Petro de Luanda apurou-se para a final da segunda edição da Liga Africana de Basquetebol (BAL), ao derrotar quarta-feira (25), na Arena de Kigali (Ruanda), o FAP dos Camarões, por 88-74, na primeira meia-final da competição.
Com vantagem no histórico, duas vitórias contra nenhuma do opositor (66-64 e 73-60), os campeões nacionais entraram determinados no desafio, mas o excesso de lançamentos exteriores falhados nos minutos iniciais permitiu à formação camaronesa adiantar-se no marcador, com um lançamento à longa distância, escreve o Jornal de Angola.
Dada a falta do jogo interior, o Petro de Luanda foi obrigado a apostar nos lançamentos exteriores, que teimavam a entrar. Em menos de quatro minutos, o “embaixador” angolano somava já oito lançamentos exteriores falhados. Mesmo assim, o FAP foi incapaz de assumir a marcha do marcador.
A vencer por 15 pontos de diferença (20-5), os campeões nacionais permitiram a redução para nove pontos (22-13), ao cabo dos primeiros dez minutos.
No segundo período, os camaroneses do FAP conseguiram equilibrar o rumo dos acontecimentos, fruto da eficácia nos lançamentos à longa distância, fundamentalmente, nos primeiros cinco minutos, fase em que o jogo interior do Petro de Luanda não se fazia sentir.
Com o capitão Carlos Morais a sofrer uma marcação impiedosa, face aos estragos que causou no desafio diante do AS Salé de Marrocos, no qual anotou 27 pontos, 19 deles dos seis metros e 75, coube ao pequeno grande Childe Dundão assumir as acções ofensivas dos campeões angolanos.
Ao intervalo, o base da equipa petrolífera já somava 15 pontos. Gerson Gonçalves “Lukeny” tinha dez, ao cabo dos primeiros 20 minutos.
Por seu turno, Carlos Morais tinha marcado, incrivelmente, apenas três. Apesar disso, os campeões nacionais foram para o intervalo a vencer por uma diferença de onze pontos (46-35).
Com uma defesa coesa, em que a pressão era exercida a partir da quadra contrária, o Petro de Luanda conseguiu alargar a vantagem para 16 pontos, quando restavam oito minutos para o término do terceiro quarto (51-35).
Childe Dundão era o único que estava com a “mão quente” nos lançamentos exteriores.
Ante à incapacidade ofensiva do FAP, fruto da pressão exercida, os tricolores “esticaram” para 22 pontos de diferença à entrada do derradeiro período (69-47).
Sem Childe Dundão, que foi para o merecido descanso, as acções ofensivas do Petro de Luanda passaram a ser da responsabilidade de Gerson Domingos.
Nesta etapa, os tricolores limitaram-se a gerir a marcha do marcador, para gáudio da pequena claque angolana que, hoje, recebeu ajuda de centenas de adeptos ruandeses.
Com 18 pontos anotados, Childe Dundão foi o cestinha da partida, além de ter capturado quatro ressaltos e feito igual número de assistências. Yanick Moreira, com nove ressaltos, foi o “rei” dos ressaltos.
Noutra meia-final, Zamalek do Egipto mediu forças com US Monastir da Tunísia, com triunfo de “cambalhota” da equipa tunisina, por 88-81, depois de ter estado a perder ao intervalo por 35-40. A final acontece esta sexta-feira, na Arena de Kigali, Ruanda.