O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) estima que cerca de 1,5 milhões de crianças estejam subnutridas em toda a África Austral e Oriental. Segundo a organização, países como Moçambique e Angola não estão a receber o tratamento adequado que permita salvar vidas.
Em declarações prestadas ontem, o Unicef disse que o número representa quase a metade das crianças com necessidades urgentes estimadas em 3,6 milhões e que “não estão a ser atendidas a tempo de salvar as suas vidas ou de as impedir de sofrerem danos permanentes no desenvolvimento”.
Segundo aponta a organização, nos últimos tempos tem se registado uma melhoria no tratamento da subnutrição no continente, não obstante “os impactos da pandemia da COVID-19, combinados com choques climáticos e conflitos contínuos, continuam a empurrar as crianças e famílias para a beira do abismo”.
Para suprir as necessidades urgentes da subnutrição em África o Unicef diz precisar de uma soma de 255 milhões de dólares, valor que ajudará a organização a aumentar a resposta nutricional nos países prioritários.
Em Moçambique, só em 2021 cerca de 38.000 crianças receberam tratamento, número que representa um aumento de aproximadamente 10.000 crianças em relação a 2020