Nove militares da força da missão da SADC para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado perderam a vida, nos últimos meses. A nacionalidade dos soldados perecidos não foi revelada.
Desde meados do ano passado, uma ofensiva das tropas da SADC, SAMIM, permitiu recuperar zonas ocupadas pelos terroristas e devolver segurança a alguns distritos em Cabo Delgado.
Entretanto, nove militares perderam a vida no teatro das operações.
A informação foi revelada durante a quadragésima segunda cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, sem especificar as nacionalidades dos soldados perecidos.
O evento decorreu esta quarta-feira, em Kinshasa, na República Democrática do Congo.
Durante a cimeira, os Chefes de Estado e de Governo da SADC receberam o relatório sobre a situação de segurança em Cabo Delgado e elogiaram os esforços da SAMIM contra os terroristas.
Os estadistas manifestaram preocupação com as ameaças constantes à segurança marítima que afectam as aspirações de desenvolvimento da região, em particular as que surgem na parte ocidental do Oceano Índico.
A este respeito, a cimeira exortou os Estados-membros a acelerarem a implementação da Estratégia e do Plano de Acção Integrada Marítima da SADC.
Sobre o Reino de eSwatini, analisou-se a situação de segurança e condenaram-se os actos de violência.
Por isso, será convocada uma cimeira extraordinária da Troika do SADC mais o Reino de eSwatini, em data a anunciar, com o objectivo de procurar uma solução pacífica e duradoura para os desafios de segurança que o país enfrenta.
Ficou acordado, no vento, que a próxima Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC terá lugar em Luanda, Angola, em data por indicar.
SADC ESTENDE MANDATO DA MISSÃO MILITAR EM CABO DELGADO
A 42.ª Cimeira Ordinária da SADC decidiu, quarta-feira, estender, por um ano, o mandato da SAMIM, que apoia no combate ao terrorismo em Cabo delgado, norte de Moçambique, escreve a página da Rádio Moçambique.
O anúncio foi feito esta quarta-feira, em Kinshasa, na República Democrática do Congo, pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, após o encerramento da 42.ª Cimeira Ordinária da SADC.
Segundo Manuel Gonçalves, esta foi uma das decisões tomada depois de um debate franco e profundo entre os Chefes de Estado e de Governo sobre a situação política, económica e social da região.
Ainda no capítulo do combate ao terrorismo em Cabo Delgado, Gonçalves frisou que o Presidente da República, Filipe Nyusi, que chefiou a delegação moçambicana na cimeira de Kinshasa, manifestou, na ocasião, condolências às famílias que perderam os seus entes queridos envolvidos na missão militar que apoia o combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Por outro lado, Manuel Gonçalves disse que a 42.ª cimeira da SADC encorajou a preparação das eleições em Angola e Lesotho.
A fonte anunciou ainda que, em sede da cimeira, que decorreu à porta fechada, os Estados-membros adoptaram o memorando do acordo para a criação do Centro de Operações Humanitárias da SADC, sediado em Nacala, na província de Nampula, para dar resposta a questões humanitárias na região.