Foram raptadas, no mínimo, 11 pessoas só este ano, no país. A Província de Maputo tem o maior número de casos, segundo a ministra do Interior. Arsénia Massingue diz que o Governo está a trabalhar para estancar a onda de raptos.
O ano ainda não terminou, mas o rescaldo dos crimes de rapto a que já se assistiu no país é de mais de 10 pessoas.
Segundo a ministra do Interior, que falava esta quinta-feira, em sede de respostas do Governo ao parlamento, nos primeiros 11 meses deste ano, pelo menos 11 pessoas foram raptadas nas principais cidades do país.
As províncias de Maputo, Manica, Sofala e Nampula são as que registaram mais casos.
“No ano de 2022, foram raptadas 11 pessoas, sendo sete na Cidade de Maputo, duas na província de Manica, uma na província de Sofala e uma na província de Nampula, encontrando-se as vítimas no seio familiar, com excepção dos casos ocorridos na Cidade de Maputo, a 3 de Outubro e 1 de Novembro”, revelou a governante.
A ministra do Interior disse ainda que o Governo está a fazer de tudo para travar os crimes.
“Em conexão com o caso, encontram-se detidos 27 indivíduos, sendo 10 na Cidade de Maputo, 12 na província de Sofala e cinco em Nampula”.
Sobre o terrorismo, Arsénia Massingue reafirmou que as Forças de Defesa e Segurança continuam a perseguir os terroristas que criam pânico e destruição nos distritos de Macomia e Nangade.
“A prevenção e esclarecimento dos raptos é tarefa do Governo, e a nossa Instituição tem envidado esforços e recursos para a identificação das pessoas envolvidas nestes actos, com vista à sua responsabilização criminal e devolução de um ambiente de segurança para os cidadãos”, esclareceu.
Massingue diz que há regressados nas zonas recuperadas, nomeadamente 105 022 pessoas, em Mocímboa da Praia 31 134 pessoas, 87 190 em Muidumbe e 67 322 pessoas em Quissanga.
“De uma forma geral, apesar de assumirmos que o combate ao terrorismo é uma questão bastante complexa, a segurança em Cabo Delgado é calma e controlada”, declarou Arsénia Massingue.
O Primeiro-ministro, por seu turno, garantiu que o país conta com mais um apoio externo no combate ao terrorismo.
“Este facto é testemunhado pela recente aprovação, por unanimidade, pelo Parlamento Pan-africano de uma moção de solidariedade e apoio a Moçambique na luta contra o terrorismo. Estamos confiantes de que nós, os moçambicanos, unidos e com o apoio da comunidade internacional, continuaremos a prevenir e a combater sem tréguas o terrorismo que retarda o processo de desenvolvimento social e económico do nosso país”, disse o Primeiro-ministro.
Adriano Maleiane falava na Assembleia da República, onde o Governo esteve, esta quinta-feira, para responder às perguntas dos deputados sobre vários assuntos.
Maleiane apelou ainda ao aperfeiçoamento da interacção polícia-comunidade para reforçar a vigilância com vista a estancar a criminalidade.