Foi num dia como hoje, 29 de Dezembro, em que o ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, foi detido, no Aeroporto Internacional O. R. Tambo, África do Sul, quando tinha como destino Dubai. Sem data prevista para o seu julgamento, Chang aguarda pela extradição para os Estados Unidos da América, que o acusam de crimes financeiros ligados às dívidas ocultas em Moçambique.
Desde a sua detenção, em 2018, o governante está preso na terra do rand sem julgamento e a aguardar extradição por alegado envolvimento no caso das dívidas ocultas.
A detenção do antigo governante, suspeito de lesar o Estado moçambicano em mais de dois mil milhões de dólares, em conluio com outras pessoas já em julgamento, desde Agosto deste ano, foi com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América.
Chang já tentou a liberdade condicional, mas a justiça da África do Sul sempre recusou, explicando que o caso no qual o antigo ministro é implicado tem um impacto significativo nas finanças de empresas, bancos, instituições públicas e sociedades.
Volvidos três anos da sua detenção, Manuel Chang continua sem conhecer o desfecho do caso em que está implicado.
No seu último pronunciamento, a justiça sul-africana decidiu extraditar o ex-ministro para os Estados Unidos da América, a contragosto das autoridades moçambicanas, que o querem no país.
Ou seja, desde Janeiro de 2019 em que Moçambique não consegue a extradição de Chang para o solo pátrio.
Enquanto Chang não conhece a sua sorte no caso que pesa sobre si, em Moçambique, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo começou, a 23 de Agosto deste ano, o julgamento dos suspeitos pelo envolvimento no processo sobre as dívidas ocultas.
As audiências foram interrompidas, devendo retomar a 06 de Janeiro.