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Participantes na AG da ONU terão de apresentar certificado de vacinação contra COVID-19

Foto: Notícias ao Minuto

Os governantes e diplomatas que vão participar na Assembleia Geral das Nações Unidas na próxima semana, em Nova Iorque, deverão apresentar certificado de vacinação, segundo as regras daquela cidade. A medida anunciada pelas autoridades norte-americanas já está a ser alvo de contestação pelos membros da agremiação.

A decisão da apresentação dos certificados de vacinação contra a COVID-19, para aceder ao complexo da Organização das Nações Unidas (ONU), foi anunciada pela Câmara Democrata de Nova Iorque, que mandou uma carta ao presidente da Assembleia Geral, da agremiação, Abdulla Shashid, informando-o sobre a medida.

Segundo o comissário de Saúde da cidade nova-iorquina, Dave Chokshi, citado pelo Notícias ao Minuto, o complexo da ONU é um “centro de convenções” sujeito às mesmas regras da maioria dos espaços fechados para actividades.

Ainda na referida carta enviada à ONU, as autoridades reiteraram que a máscara é obrigatória nos transportes públicos de Nova Iorque e que a cidade incentiva “fortemente” a sua utilização em todos os espaços fechados.

Ademais, os governantes e diplomatas deverão “mostrar um certificado de vacinação antes de comer, beber ou fazer exercício nas instalações da ONU e de participar em todas as actividades de entretenimento, restauração e ginásios em Nova Iorque”, dizem as autoridades, citadas pelo Notícias ao Minuto.

Numa carta datada com o dia de hoje ao presidente da Assembleia Geral, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse estar “muito surpreendido e desapontado” por Abdulla Shahid ter dado apoio às medidas, que considera “claramente discriminatória”.

“Impedir que os diplomatas das Nações independentes tenham acesso ao salão da Assembleia Geral ou outras áreas da sede das Nações Unidas representaria uma clara violação da Carta das Nações Unidas”, acrescenta no documento, obtido pela agência de notícias AFP.

Diplomatas de todo o mundo vão participar na 76.ª Assembleia Geral da ONU, de 21 a 27 de Setembro, que será realizada em formato híbrido com reuniões presenciais e online, depois de, no ano passado, ter sido exclusivamente virtual.

Refira-se que o Presidente da República, Filipe Nyusi, procedeu esta quinta-feira ao lançamento da Campanha de Candidatura de Moçambique à Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para 2023-2025.

O lançamento da candidatura acima referida, segue-se à decisão nesse sentido tomada há cerca de um ano pelo Governo de Moçambique, iniciativa que recebeu o endosso da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA).

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