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Parte dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado na RDC têm negócios em Moçambique

Parte dos indivíduos envolvidos na tentativa do golpe de Estado na República Democrática do Congo, domingo, 19 de Maio, são sócios da empresa mineira Bantu Mining Company, registada em Moçambique e com sede no Município da Matola.

Trata-se de dois cidadãos americanos que residiam na Cidade de Maputo e um congolês que vivia nos EUA. O primeiro foi identificado como Cole Patrick Ducey, solteiro, natural de Califórnia, nos Estados Unidos da América, portador de Passaporte n.º 584250165, emitido a 26 de Setembro de 2018, e que residia no bairro do Alto-Maé, na Cidade de Maputo.

O segundo, por sua vez, chama-se Benjamin Reuben Zalman Polun, solteiro, natural de Maryland, Estados Unidos da América, de nacionalidade americana, portador de passaporte n.º 720156243, emitido a 21 de Março de 2022, residente na Cidade de Maputo, também no bairro do Alto-Maé.

Christian Malanga, cidadão congolês, presidente e fundador do Partido Congolês Unido, foi morto pelas forças congolesas durante a rebelião, e um dos dois cidadãos americanos encontra-se detido.

Em Chimoio, Christian Mahlanga e Benjamim e Benjamim Reuben registaram, no dia 21 de Setembro de 2022, a empresa Global Solutions Moçambique. Zeferino Caito, do departamento das Relações Públicas no Cartório Notarial de Manica, confirmou ao “O País” a existência da referida empresa.

Malanga tinha publicado vários vídeos na sua página na rede social Facebook que mostravam um grupo de homens armados em uniforme militar no átrio e nos jardins do palácio.

“Desfrutem da libertação do nosso novo Zaire”, gritou Malanga em inglês, enquanto os atacantes queimavam bandeiras da RDC e carregavam bandeiras do Zaire, o antigo nome da RDC durante a ditadura de Mobutu Sese Seko.

Os atacantes afirmaram ser da diáspora e estar a lutar para expulsar Tshisekedi do poder, segundo a imprensa local.

Por volta das 05h30 de Maputo, homens armados invadiram também a residência de Kamerhe, causando pelo menos três mortes, entre os quais dois polícias encarregados da segurança do político e um dos atacantes.

Num vídeo divulgado nas redes sociais, ontem, Christian Malanga é visto a conversar com Alberto Chipande, antigo ministro da Defesa, combatente da Luta de Libertação Nacional e membro da Comissão Política da Frelimo.

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