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País só tem dois mil milhões de meticais dos 11 necessarios para época chuvosa

O país precisa de cerca de 11 mil milhões de meticais para assistência humanitária às vítimas da presente época chuvosa e ciclônica (2024-2025), entretanto, até aqui, só dispõe de dois mil milhões de meticais, o que significa um défice de mais de nove mil milhões. 

A informação foi avançada durante apreciação do Plano de Contingência para época chuvosa e ciclónica 2024-2025 foi apreciado, esta segunda-feira, durante a IV Sessão do Conselho Coordenador de Gestão de Risco de Desastres. 

A previsão é de pelo menos dois milhões e 500 mil pessoas afectadas na presente época chuvosa. Luísa Meque, a presidente do Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD), espera que o défice seja colmatado por parceiros de cooperação, não só em dinheiro, mas também  em produtos e equipamentos. 

“Precisamos aqui fazer uma observação no que concerne a elaboração do Plano de Contingência. Recentemente, tivemos as nossas instalações vandalizadas durante as manifestações, (…) e, neste processo, nós contávamos com alguns equipamentos que foram roubados (…) e perdemos alguns telefones satélite, que são usados  no momento de emergência”, disse Meque para depois acrescentar que as perdas estão avaliadas em cerca de 60 milhões de meticais. 

A presidente explicou que, “felizmente”, o armazém com os produtos alimentares não sofreu e também os documentos com informações “importantes” não foram perdidos. 

Questionada se este processo não chega atrasado, visto que a época iniciou em Outubro passado, Meque respondeu que assim acontece, porque o processo não depende apenas de Moçambique.  

“Nós dependemos das interpretações sazonais, que a nível de meteorologia, é feito um estudo a nível da região, depois trazemos esta interpretação aqui para Moçambique e nós, consoante aquilo que foram os estudos, vamos adaptar as zonas que forem realmente afectadas”. 

As cidades de Maputo, Matola, Pemba, Quelimane e Beira podem ser as mais afectadas. 

O plano será submetido, esta terça-feira, para aprovação pelo Conselho de Ministros.

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