Jaime Matlombe deixou de ser o líder máximo da Igreja Velha Apostólica em Moçambique, no último sábado. O antigo líder foi acusado de escândalos sexuais, curandeirismo, criminalidade e fraude financeira.
Matlombe liderava a Igreja Velha Apostólica nas províncias de Maputo e Gaza. Era acusado pelos membros da congregação, em Moçambique, de escândalos sexuais, curandeirismo, criminalidade e fraude financeira.
No passado dia 21 de Abril deste ano, dezenas de crentes juntaram-se na Igreja Velha Apostólica de Moçambique, no bairro Sikwama, na Matola, para exigir que o referido dirigente se retirasse do poder devido à sua má conduta.
Durante o litígio, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos teve de intervir, mediando as conversações, a última das quais ocorreu na passada segunda-feira, em que a ministra Helena Kida, segundo os crentes, aconselhou a que se tomasse a melhor decisão.
Este domingo, o conflito na igreja chegou ao fim. Depois de meses de diálogo e reuniões, a comunidade anunciou que Jaime Matlombe foi à reforma imediata, e deixa de exercer qualquer liderança naquela congregação.
“A decisão foi tomada ao nível mais alto da igreja, a OAC (sigla em inglês para Igreja Velha Apostólica). Todas as decisões foram tomadas e entram em vigor imediatamente. O apóstolo Matlombe e a sua direcção foram afastados e não estão autorizados a mexer no tesouro da igreja”, explicou António Sebastião, superintendente.
Os membros da congregação dizem estar satisfeitos com a notícia.
Junto com Matlombe, foram afastados, também, alguns superintendentes por ele empossados sem o consentimento da igreja, numa conferência que houve no início deste mês.
“Conseguimos ter mais de 30 comunidades e suas capelas, que decidiram que já não queria ter nenhuma orientação ou decisão do bispo Jaime Matlhombe”, disse Elídio Muvume, representante da comissão da igreja.
Segundo alguns crentes, o apóstolo afastado teria tentado boicotar a reunião, enviando mensagens aos membros para não comparecerem no encontro.