Mais de trezentos jovens deslocados por conta dos ataques terroristas em Cabo Delgado já estão em formação técnico e profissional para o mercado de emprego.
São jovens que, por causa da situação humanitária que se vive naquela província nortenha, há mais de três anos, tiveram que se deslocar e perderam tudo ou quase tudo, e o emprego afigura-se agora, como uma das suas principais preocupações.
E como forma de responder a inquietação desta camada, o delegado provincial do Instituto de Formação Profissional de Cabo Delgado, João Massingue garante que já há jovens inseridos nos programas de formação e emprego.
“Estamos a trabalhar num projecto específico que é para absorver cerca de 300 jovens em acções formativas depois do seu treinamento e estamos neste momento a trabalhar com algumas empresas”, disse.
A fonte fez saber que já existe um acordo firmado com algumas empresas para acolherem estes jovens no fim das formações e já há garantia de trabalho nos projectos de prospecção de gás e petróleo, em Afungi, no distrito de palma.
Os ataques terroristas nesta província já causaram mais de 435 mil deslocados. E nas últimas semanas a situação agravou-se com a chegada de outros milhares de deslocados a cidade de Pemba, por isso, ainda não se sabe, ao certo, o número de jovens nesta situação, mas o responsável garante que já iniciaram actividades para a sua inserção no mercado do trabalho.
“Neste mês já está em curso o mapeamento [do número de jovens deslocados], uma vez que nem todos que saem das zonas de conflito e ficam na cidade de Pemba, então queremos, efectivamente, controlar e saber quem são os jovens que saíram das zonas e que realmente estão naquelas condições de vulnerabilidade”, explicou Massingue para acrescentar que só depois desse processo serão integrados em formações.