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País prepara criação de sistema para combate a crimes financeiros

Foto: O Pais

O país prepara o seu futuro após a saída da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira, GAFI, prevista para Outubro próximo.

Segundo o coordenador nacional do Comité Executivo de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Terrorismo, Luís Cezerilo, tem-se estado a criar um sistema financeiro “forte e robusto” para todas as instituições, com o objectivo de prevenir e combater o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

Com esse sistema criado, Cezerilo entende que os crimes financeiros serão minimizados, pois haverá mais controlo e melhor comunicação entre as instituições.

“Ao cumprir com essas obrigações, Moçambique cumpre com as recomendações do GAFI e, automaticamente, permite-lhe sair da lista cinzenta”, esclareceu, acrescentando que isso se torna necessário, pois, assim, caso o país saia da lista sem que as instituições estejam devidamente estruturadas, com recursos humanos, tecnológicos e financeiros, este poderá regressar, por isso já se trabalha de forma antecipada.

Nestes moldes, conforme avançou Cezerilo, o país pretende também, cumprir com a recomendação 16 do GAFI, que indica a utilização da tecnologia como forma de reduzir os activos humanos.

“Temos, por exemplo, no sector de supervisão para área imobiliária 1101 entidades obrigadas que o Governo deve supervisionar. Quantos supervisores teríamos de ter para garantir isso?! Com ferramentas tecnológicas, podemos fazer o acompanhamento, inspecções, off-set e outras práticas positivas que garantam que essas instituições são supervisionadas e cumprem com a lei.”

As informações foram avançadas durante um workshop organizado pela Lexis Nexis Risk Solutions com a participação de representantes de bancos, seguros, inspecção de jogos, Autoridade Tributária, Tribunal Supremo, Procuradoria-Geral da República, Ordens dos Advogados, entre outras instituições que compõem o sistema.

Lá as partes partilhavam conhecimentos sobre o assunto, visto que algumas instituições, como o Banco de Moçambique, já trabalham com essas ferramentas tecnológicas, cuja intenção é alargar o seu uso a outras instituições após a saída de Moçambique da lista cinzenta.

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