As eleições de 10 de Março, na Guiné-Bissau, resultaram na vitória do Partido Africano para Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC).
Este partido conseguiu conquistar 46.1% dos votos, o que significa 47 assentos parlamentares dos 102 existentes.
E contando com acordos celebrados com os outros partidos parlamentares, PAIGC garante uma maioria absoluta para governar.
Em segundo e terceiro lugar ficaram o Madem G15 e o partido da renovação eleitoral.
Com estas eleições legislativas fortemente aplaudidas pelos observadores internacionais, espera-se que a crise política que dura há quatro anos chegue ao fim na Guiné-Bissau.
Recorde-se que o presidente José Mário Vaz demitiu o governo do líder do PAIGC que dispunha de uma maioria absoluta. Em substituição, nomeou um governo que não tinha apoio parlamentar. Em conferência de imprensa, realizada depois de o partido mais votado – Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) – ter dito que respeitava os resultados provisórios que lhe davam uma maioria parlamentar, dois dirigentes do Madem apelaram à calma entre os seus apoiantes e prometeram reagir, mas só após a resposta da Comissão Nacional de Eleições (CNE) às reclamações feitas.
O director da campanha eleitoral, Marciano Barbeiro, disse aos jornalistas que o Madem espera que a CNE “seja competente” para apreciar de “forma serena e tranquila” os elementos apresentados pelo movimento que, no seu entender, irão provar que os resultados eleitorais que lhe foram atribuídos “não são aqueles que, de facto, alcançou” nas urnas.