Ossufo Momade diz que a prorrogação da greve dos médicos revela arrogância do Governo e a incapacidade de resolver as preocupações da classe. O presidente da Renamo falava hoje, na abertura da V sessão do Conselho Nacional.
Os médicos nacionais continuam em greve, faz hoje trinta dias.
O líder da Renamo, Ossufo Momade, entende que as insatisfações dos profissionais e a paralisação das suas actividades nas unidades sanitárias revelam as fragilidades do Governo em dialogar.
“É grave que o Governo, em vez de resolver os problemas dos médicos e de todos os profissionais da administração pública, esteja a promover ameaças e intimidações àqueles médicos que, desde os tempos da COVID-19, e em outras enfermidades, fizeram de tudo, inclusive colocar em risco a sua própria vida para salvar a vida dos cidadãos”, disse Ossufo Momade, presidente da Renamo.
O líder do segundo maior partido, com assento no parlamento, foi mais longe, ao afirmar que a marcação de faltas aos médicos grevistas, a revogação do Estatuto do Médico em vigor e a contratação de mais 60 médicos são ameaças que revelam desvalorização e desrespeito pela classe.
“Os médicos são humilhados, desvalorizados, enquanto é sabido que eles são autênticos heróis num país onde ainda precisamos de muitos médicos. É grave e um erro de estratégia governativa pensar que é através de ameaças que se pode resolver os problemas do nosso sistema de saúde”.
O líder da Renamo falava na abertura da segunda sessão do Conselho Nacional da Renamo, cujo objectivo é avaliar o estágio dos preparativos do partido rumo às eleições autárquicas de Outubro próximo.