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Os números da COVID-19 em Janeiro

O número de mortes por COVID-19 duplicou durante o mês de Janeiro. Em menos de 30 dias foram registados 196 óbitos, número que antes foram necessários oito meses para atingir. Com o vírus mais infeccioso, só em Janeiro mais de 18 mil moçambicanos foram infectados.

Nunca os números da pandemia foram tão assustadores em Moçambique. Janeiro é para já o mês dos recordes: é neste período que o país registou mais de mil casos em 24 horas (1.275), e o anúncio de 18 mortes em um dia. Mas para melhor compreensão vamos por partes:

Sobre os óbitos. Se de 01 a 31 de Dezembro a doença matou 35 pessoas, em Janeiro já tirou a vida a 169 pessoas. Trata-se de um número que o país precisou de nove meses para atingir. Ou seja, de Maio do ano passado até Janeiro. Dito de outra forma, houve mais de 300 (363 no total, até sábado) mortes, das quais 196 são deste mês.

A doença continua a matar mais aos idosos. A última actualização sobre a distribuição etária indica que 164 mortos foram de pessoas da terceira idade, com mais de 60 anos; 68 óbitos na faixa etária entre os 50 e 59 anos; 30 óbitos entre os 40 e 49 anos; 18 mortos entre 30 e 39 anos, 15 óbitos em jovens de 20 aos 29 anos; dois na faixa dos 10 aos 19 anos e oito mortes em crianças com menos de nove anos.

Quanto às infecções, em Dezembro foram diagnosticados 3.128 novos casos, um número que cresceu cinco vezes mais em Janeiro, com o registo de 18.004 em menos de 30 dias. O pico foi a 29 de Janeiro, quando 1.275 pessoas testaram positivo para o novo Coronavírus, em 24 horas. Maior parte das infecções estão concentradas no Grande Maputo, cuja cidade e província 23.909 (até ao meio dia deste domingo) das 37.705 que o país tem.

À medida que o vírus atinge mais gente, cresce o número de pessoas susceptíveis de desenvolver sintomas e, consequentemente, mais indivíduos precisam de internamento. Desde o início da pandemia, mais de mil pessoas já estiveram num leito hospitalar. Há quase um mês que apenas 44 pessoas estavam internadas, das quais 39 na cidade de Maputo. Menos de 30 dias depois, o número de doentes acamados subiu de 44 para 320.

Por fim, em Janeiro também cresceu de forma galopante o número de pessoas que lutam contra doença. Se até 31 de Dezembro existiam 1.809 casos activos, até este sábado o país tinha 13.393 casos activos.

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