O País – A verdade como notícia

Open de Ténis Standard Bank no centro das atenções

Foto: FDS

Moçambique volta, dois anos depois, a estar no centro das atenções na modalidade de ténis. Entre os dias 4 e 16 de Outubro corrente, os “courts” do Jardim Tunduro acolhem, no seu bojo, a prova com maior “prize Money” no país: Open The Ténis Standard Bank.

É, pelo valor global de USD 30 mil (cerca de dois milhões de Meticais) a serem repartidos por cada “Futures”, um evento que atrai tenistas de vários quadrantes do mundo.

São tenistas que não só procuram pontuar para o “ranking” internacional da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), como também amealhar alguns valores.

Tais são os casos de Khololwam Montsi, tenista sul-africano que se encontra no 661º lugar do ranking da ATP, e Lourenzo Bochi, italiano que está na posição número 700.

Tal como nas anteriores edições, a edição deste ano vai movimentar três provas, neste caso, dois “Futures” na categoria de masculinos, bem como o “Top Moz”, sendo que esta última somente contará com a participação de tenistas nacionais.

Esta competição, com dimensão internacional, tem como principal objectivo promover a massificação do ténis, abrindo, igualmente, espaço para que os tenistas nacionais possam testar o seu nível com adversários mais cotados.

Aliás, sendo uma prova inserida no Circuito Internacional de Ténis (ITF Men’s Circuit) e pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), há, claramente, enormíssimas vantagens para os atletas nacionais ganharem mais tarimba competitiva.

Entretanto, as qualificações para o primeiro “Futures” arrancaram hoje, nos “courts” do Jardim Tunduro, sendo que a segunda está agendada para o próximo dia 8 de Outubro.

Falando hoje, no lançamento da prova, o presidente da Federação Moçambicana de Ténis, Jonas Alberto, assegurou estarem criadas todas as condições para atingir os grandes níveis competitivos alcançados no passado.

“Temos, para a primeira semana, cinquenta atletas, incluindo três moçambicanos. Para a segunda semana, esperamos ter cinquenta e dois atletas. Não podemos ter mais pelas limitações de espaço que temos para receber atletas”, explicou Jonas Alberto.

O certame tem sido bastante concorrido dado os atractivos prémios, assim como o bom quadro competitivo. “Recebemos 600 inscrições mas, infelizmente, nem todos os atletas podem participar. Na verdade, tivemos que limitar o número de participantes e seleccionar os melhores. Somente 50 atletas é que puderam permanecer na nossa lista”, frisou.

A expectativa é que, no segundo “Future”, haja mais atletas que procuram dar nas vistas e o salto no “ranking” da ATP.

“Nós esperamos que o evento corra muito bem. Temos estado a ver bons jogos. Mesmo nas qualificações, temos assistido à entrega dos atletas”.

Um dos mais promissores tenistas da actualidade, Jaime Sigaúque, quer chegar o mais longe possível na prestigiante competição de ténis. O vice-campeão nacional de ténis quer capitalizar a experiência adquirida em provas internacionais para fazer uma boa campanha no Open de Ténis Standard Bank.

“Em primeiro lugar, quero agradecer à Federação Moçambicana de Ténis e ao Standard Bank pela oportunidade. É uma honra e satisfação poder disputar este evento. É um bom torneio que nos ajuda a melhorar a nossa performance”, destacou.

Sigaúque acredita que os tenistas moçambicanos podem “dar o seu melhor e alcançar bons resultados”, mesmo ciente que os adversários têm mais ritmo competitivo.

“O processo de preparação decorreu muito bem. Tenho confiança numa boa prestação neste campeonato. Vou procurar dar o meu melhor para representar bem o país”, prometeu.

Por sua vez, o administrador-delegado do Standard Bank, Bernardo Aparício, disse que a instituição vai continuar a apoiar iniciativas que visam a massificação do desporto. “Para nós, é um prazer apoiar, mais uma vez, este torneio internacional que traz a Moçambique os melhores atletas do mundo. Estamos a falar de atletas que estão dentro do ‘ranking’”, observou.

Aparício destacou, por outro lado, o facto de esta competição reunir algumas referências da modalidade. “Eu falava com o presidente da Federação Moçambicana de Ténis, que destacou a presença, na prova, de dois atletas que estão numa lista de 600 melhores classificados no ‘ranking’. São atletas com uma grande margem de progressão”, disse para depois acrescentar que “esperamos, um dia, vê-los em posições muito mais elevadas”.

Lembre-se que o tenista moçambicano Jossefa Simão foi o grande vencedor da 7ª edição do Standard Bank Open. Jossefa Simão sagrou-se campeão na categoria reservada aos atletas profissionais (PRO), singulares homens, tendo derrotado Liberty Nzula por dois sets a um, com os parciais de 7-6, 2-6 e 6-2.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos