Cerca de 50 edifícios distribuídos pelas províncias de Sofala e Cabo Delgado serão reconstruídos a partir deste mês, estando disponível no momento 18 milhões de dólares doados por parceiros de cooperação, para a execução das obras.
Enquanto são feitas contratações necessárias para dar andamento ao projecto, arranca neste mês a primeira obra no distrito de Búzi, Sofala, como fase experimental, segundo explica Francisco Pereira, director executivo do Gabinete de Reconstrução.
Os 18 milhões serão desembolsados paulatinamente conforme forem sendo elaborados orçamentos para cada infra-estrutura.
Pereira afirmou que a disponibilidade dos fundos e a necessidade de se elaborar projectos mais resilientes, fizeram com que as obras começassem agora, um ano e seis meses após a passagem do ciclone Idai.
“Os recursos financeiros começaram a ficar disponíveis a partir de meados deste ano… havia um compromisso de entrega, mas estava sujeito a algumas etapas”, disse ele.
Mas Pereira alerta que não basta apenas construir, é necessário garantir uma boa qualidade das obras e garantir que elas não corram os mesmos riscos que as destruídas pelo ciclone.
Devido às limitações na capacidade de execução, as obras não poderão arrancar em Cabo Delgado simultaneamente, estando limitadas às áreas que são consideradas prioritárias, que são a cidade da Beira e os distritos de Búzi, Dondo e Nhamatanda, em Sofala.
Sobre a conclusão das obras, Pereira admite que “elas não serão todas concluídas”, contudo, espera-se que uma parte seja terminada até ao fim do primeiro semestre de 2021.
Relatório Financeiro sem Auditoria
Comentando sobre a publicação do primeiro relatório, o qual não foi sujeito a auditoria, Pereira afirma que “quando não temos a capacidade de fazer auditoria, não temos. Não podemos inventar”.
Para ele, ainda sem auditoria, o relatório é suficiente, pois “uma parte importante dos recursos são geridos por várias agências de implementação”.