Um total de 427.661 eleitores foram chamados às urnas, este Domingo, para escolher o novo Presidente da Guiné Equatorial.
São candidatos à presidência Teodoro Obiang, líder do PDGE, Andrès Esono Ondo, presidente do partido da Convergência para a Democracia Social (CPDS), o único partido da oposição que não está proibido, e o líder do Partido da Coligação Social Democrática (PCSD), Buenaventura Monsuy Asumu, um senador e aliado crónico de Obiang, que concorre contra o Presidente pela quinta vez.
Teodoro Obiang concorre pela sexta vez para mandato que pode não concluir, segundo vários activistas citados pela imprensa internacional.
No entanto, Obiang está confiante na vitória. “Há um provérbio que diz: ‘o que semeias é o que colhes’. Estou certo de que, nestas eleições, o nosso partido semeou muito e irá colher o que semeou. Portanto, estou certo de que a vitória pertence ao partido democrático da Guiné Equatorial”, afirmou Teodoro Obiang.
A oposição denuncia fraudes e pede “justiça eleitoral”.
Andrés Esono, candidato da Convergência para a Democracia Social (CPDS), disse, este Domingo, que a população não pode votar livremente. “O que eu espero destas eleições é justiça eleitoral. Que o Governo e a comissão eleitoral deixem os guineenses votar”, pediu o candidato.
“Desde as 7h00 tenho recebido queixas de todos os cantos do país. Há fraude, irregularidades, votação pública e presidentes de mesas de voto que votam por outros”, denunciou.
Também o partido da oposição Cidadãos pela Inovação (CI), que não concorreu às eleições, questionou a transparência do processo eleitoral.
Teodoro Obiang, actualmente com 80 anos, governa com “punho de ferro” um pequeno país rico em petróleo desde 1979, na sequência de um golpe de Estado em que derrubou o seu tio e ditador sanguinário Francisco Macias Nguema, e é o Presidente há mais tempo no poder em todo o mundo.