Hoje o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, terminou a sua campanha eleitoral na província de Gaza onde escalou oito distritos. Esta sexta vai caçar voto na província de Maputo. No ultimo comício realizado em Gaza e que teve lugar na vila da Macia, no distrito de Bilene prometeu transformar a agricultura moçambicana e colocar o país como um dos grandes “players” internacionais na agro-indústria.
Para tal, o Plano Nyusi para a agricultura para por investir anualmente 10% do Orçamento do Estado, que corresponde a mais de 2 mil milhões de dólares, naquele sector tal como foi recomendado aos países africanos na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana realizada em Maputo em 2002, conhecida como declaração de Maputo. Até ao momento, o nosso país tem alocado anualmente pouco mais de 6% do seu Orçamento, não estando a cumprir com essa declaração. Mas Filipe Nyusi disse diz que é chegado o momento de mudar as coisas e cumprir o mandato constitucional que coloca a agricultura como a base de desenvolvimento da economia nacional e a indústria o catalizador.
Para melhor coordenar as reformas e implementar o seu plano, logo que ganhar as eleições, o incumbente compromete-se a criar uma entidade governamental que terá a missão de fazer a coordenação intersectorial que vai orientar as acções dos diferentes ministérios que têm a responsabilidade de criar as condições institucionais para o funcionamento do seu plano.
Filipe Nyusi diz que igualmente o plano passa pela modernização da agricultura que para além da mecanização é necessário empregar a ciência, a tecnologia e a investigação ao serviço daquele sector de modo a produzir sementes geneticamente modificados e adaptados à realidade agro-ecológica do país, que resista a doenças e pragas. Mas também o estudo dos solos e plantas para garantir a maior produtividade possível.
A extensão agrária é outra aposta para desenvolver a actividade Agricola, sendo que o Governo vai massificar a formação e contratação de extensionistas para que possam ajudar os agricultores a melhorarem a qualidade e quantidade da sua produção. A agricultura familiar deverá beneficiar da elaboração de um plano específico para o seu desenvolvimento e os pequenos agricultores irão beneficiar de financiamento e capacitação da gestão de fundos e da produção de modo a que possam conseguir reembolsar os valores.
Filipe Nyusi promete ainda aprimorar os serviços de apoio aos agricultores, nomeadamente, mecanização, irrigação e infra-estruturas para que possam criar condições de incremento da produção mas também de escoamento dos produtos produzidos pelas comunidades e reduzir perdas quer na sementeira, colheita e colocação no mercado.
Esta é segundo Filipe Nyusi, a melhor forma que o país pode encontrar para sair da dependência, alias citou o exemplo do ultimo quinquénio em que o Governo não contou com o apoio dos parceiros internacionais e o aumento da produção salvou o país de entrar em falência. Dai que nos próximos cinco anos é para intensificar a produção. Por outro lado, entende que com o aumento da produção o país estará em condições de melhor resistir às crises que ciclicamente afectam a economia mundial.
Dai que o Projecto Sustenta que foi implementado em Nampula e Zambézia nos últimos anos, deverá ser alargado para todo o país porque mostrou que ajuda a se alcançar os níveis de produção desejados. A título de exemplo, Nyusi citou o caso de Malema que com a ajuda do Sustenta a produção de diversas culturas saiu de mais de 300 mil toneladas ano para mais de 800 mil.