De Kampeka, Uganda, o Chefe do Estado moçambicano teve garantias de empresários chineses que operam naquele ponto, de implantação em Moçambique, na Manhiça, província de Maputo, de uma fábrica da área de cerâmica.
A fábrica em alusão terá uma produção para o mercado moçambicano e regional, de acordo com Filipe Nyusi, que falava a jornalistas durante a visita que efetuou hoje a alguns investimentos no Parque Industrial de Kampeka.
“Foi bom ver que a matéria-prima está a ser tirada daqui (Uganda) e a produção é feita aqui. É uma grande empresa que está a exportar. Primeiro, emprega os nossos irmãos de Uganda e depois valoriza a matéria-prima que eles têm”, disse o Chefe do Estado moçambicano, para de seguida assegurar que “viemos para aqui porque estamos a mobilizar este empreendimento para ser implantado em Moçambique, na zona de Manhiça. Esperamos que o mais breve possível, segundo a conversa que estamos a ter, em menos de 12 meses já estejam em Moçambique”.
O empreendimento estará em Moçambique, mas o país não será o único mercado. Espera-se que a produção seja exportada para países vizinhos.
“Há mercado. 30 por cento irá para o nosso país, outra parte, acima de 50 por cento, para África do Sul, e temos países arredores que podem comprar”, afirma Filipe Nyusi.
Além do Parque Industrial, Filipe Nyusi visitou a farma presidencial em Kawumu, onde se produz um pouco de tudo, desde a avicultura e piscicultura, à produção agrícola, mormente a produção de banana, café, ananás, entre outras culturas.
ISAURA NYUSI DIZ QUE MOÇAMBIQUE DEVE BUSCAR EXPERIÊNCIA DE UGANDA NA SAÚDE
A Primeira-Dama, Isaura Nyusi, manifestou, hoje, vontade de buscar a experiência de Uganda no investimento no sector da Saúde. Isaura Nyusi diz que Moçambique enfrenta desafios na busca de parcerias para a construção de infra-estruturas hospitalares para atendimento especializado à mulher e criança.
No âmbito da visita de Estado que Filipe Nyusi efectua à Uganda na companhia da esposa, a Primeira-Dama visitou, esta quinta-feira, o Hospital de Mulago, em Kampala, especializado no tratamento à mulher e recém-nascidos.
Trata-se de uma unidade com capacidade para 450 pacientes e com serviços diversos, desde a maternidade, radiologia, fisioterapia, tratamento de cancro, até ao tratamento de pessoas com dificuldades de reprodução. Naquele local, Isaura Nyusi foi recebida pela ministra da Saúde de Uganda, Jane Ruth. Ouviu explicações sobre o funcionamento do hospital e conheceu de perto os vários serviços prestados e a tecnologia usada. Nesta sala, o hospital dedica-se a cuidar de bebés que nascem prematuros e com problemas de saúde. Muitas delas nascem com menos de um quilograma de peso e a sobrevivência é uma incerteza.
“Quero, desde já, confessar que (a unidade sanitária) despertou em mim o interesse de transportar esta experiência a Moçambique. Temos, ainda, como grande desafio a busca de parcerias para a construção de infra-estruturas na área da Saúde para questões de atendimento à mulher e da criança”, referiu Isaura Nyusi.
Embora existissem boas experiências por colher de Uganda, a ministra da Saúde daquele país diz haver ainda desafio na redução na mortalidade neonatal.
Durante a visita, foram exibidas fotografias de superação no trabalho desenvolvido pelo Hospital de Mulago, que mostram crianças que nasceram prematuramente, com problemas de saúde e com peso que variava entre 500 gramas e um quilograma, mas os problemas foram ultrapassados e os menores crescem saudáveis.