O Chefe de Estado desafia o novo secretário de Estado do Ensino Técnico-Profissional a revitalizar as escolas do sector, criando condições para o apetrechamento dos seus laboratórios. Filipe Nyusi quer ainda que Mety Gondola capitalize, na formação, os profissionais competentes mas sem diplomas.
Mety Gondola foi empossado, hoje, como novo secretário de Estado do Ensino Técnico-Profissional. Na ocasião, o Presidente da República exigiu melhorias no sector, para que os quadros formados tenham qualidade e sejam absorvidos rapidamente pelo mercado de trabalho.
“Neste contexto, o Governo aprovou o plano de acção de revitalização do ensino técnico-profissional, cujo foco é a melhoria do funcionamento das instituições do ensino técnico, privilegiando a reabilitação e requalificação das infra-estruturas, apetrechamento de laboratórios e oficinas. Cabe ao sector liderar a forma transversal do processo de mobilização de recursos necessários para a implementação deste plano. Este processo já iniciou, terá de continuar e com alguma agressividade para ir para frente”, lançou o desafio o Presidente da República.
Gondola tem pela frente 233 instituições de Ensino Técnico-Profissional, entre públicas e privadas, com cerca de 89 mil formandos. Na área de formação, o Chefe de Estado quer que a instituição capitalize os profissionais competentes, mas sem diplomas.
“Por exemplo, se há um soldador, um serralheiro, um carpinteiro de mão cheia, que não seja um PHD, que não seja um mestrado, que não seja engenheiro ou nada, mas, se ele faz bem, pode-se convidar esses para ensinar os jovens para fazer trabalho de qualidade”, referiu Filipe Nyusi.
Mety Gondola assume os compromissos e promete mudanças nos dois anos que tem pela frente. O novo secretário de Estado do Ensino Técnico-Profissional garante ainda acabar com a morosidade de entrega dos diplomas aos estudantes.
“O que lhe posso assegurar, desde já, é que faremos de tudo para que este problema deixe de estar presente dentro do sector. É constrangedor, é perigoso para o nosso processo de desenvolvimento e é preciso considerar os esforços que os estudantes fazem”, disse Mety Gondola.
Gondola diz também que vai procurar responder às exigências do mercado de trabalho relativas à formação do capital humano.