O País – A verdade como notícia

banner_02

Nyusi convida árabes para investirem nos transportes, energia e agricultura

Foto: Presidência da República

Moçambique poderá assinar acordos, dentro de três meses, para fornecer feijão à China. Por isso, o Presidente da República, Filipe Nyusi, convidou, hoje, empresários árabes para investirem no país, tanto nessa como noutras áreas de actividade.

O convite foi feito a uma delegação de empresários árabes que se encontra em Moçambique à procura de oportunidades de investimento.

Os homens de negócios participam, entre hoje e amanhã, na Cidade de Maputo, no Fórum de Negócios e Investimento Árabe em Moçambique.

Na abertura do evento, o Presidente da República convidou os empresários a investirem em diversas áreas, entre elas a agricultura.

“Estamos a preparar, ainda este ano, dentro de dois ou três meses, vamos assinar acordos de fornecimento de feijões para a China, e as quantidades são enormes, o que significa que precisamos de produzir para sustentar esse interesse. O mercado do consumo é enorme”, disse Filipe Nyusi.

No entender do Chefe do Estado, são também enormes as oportunidades nos sectores de estradas e transportes. Uma dessas oportunidades está no Aeroporto de Nacala.

“É preciso colocar mais meios para aproveitar o tráfego que é desviado para outras rotas vantajosas, assim como aproveitar o potencial do aeroporto de Nacala. Eu tenho dito que o Aeroporto de Nacala fica próximo de tudo. De Nacala, vai-se, em poucas horas, para Ásia, para Europa, para as américas, portanto, estrategicamente é um aeroporto que pode e deve ser explorado. O mesmo acontece com a EN1. Há aquele ditado do ovo e da galinha, no qual se questiona o que é o primário, o ovo ou a galinha, mas, quando as coisas acontecerem, o movimento vai gravitar”, explicou o Presidente da República.

E porque Moçambique tem um enorme potencial energético, Nyusi quer ainda que os árabes façam investimentos para reduzir o défice energético na região da África Austral.

“Pela projecção da Barragem de Mpanda Nkuwa, que joga um papel crucial na geração de energia limpa para o mercado da África Austral, que se encontra numa fase de estruturação comercial para a sua viabilização, incluindo a viabilização de financiamento, a energia é limpa por si só, mas a energia na África Austral tem mercado, porque, até agora, para se produzir, há uma carência de energia. Portanto, é um projecto vendável e viável”, disse Filipe Nyusi.

O fórum é organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio, através da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações, em parceria com o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África – BADEA.

No evento, o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) mostrou-se disponível a continuar a financiar projectos no país.

“Nos últimos cinco anos, o BADEA e os parceiros deste grupo contribuíram para o financiamento para o desenvolvimento em mais de 600 milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento em Moçambique nos transportes, energia, saúde, saneamento, TIC, ambiente e desenvolvimento de capacidades”, disse o presidente do BADEA, Sidi Ould Tah.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos