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Pesca ilegal e poluição do mar desafiam MIMAIP

O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas continua a ser desafiado pela pesca ilegal e poluição do mar. Por isso, o sector quer reforçar a interacção com as organizações da sociedade civil para resolver os problemas.

O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP) reuniu-se, esta sexta-feira, na Cidade de Maputo, com organizações da sociedade civil no âmbito da quinta reunião nacional sobre a preservação e gestão dos recursos marinhos.

O encontro anual tem em vista debater em conjunto os desafios e as soluções para a exploração sustentável do mar e fortalecer a cooperação intersectorial.

Estima-se que o país perca, anualmente, cerca de 60 milhões de dólares norte-americanos devido à pesca ilegal, que, associada à poluição do mar e à destruição do mangal, compromete o desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos, segundo fez saber Felismina Antia, directora nacional de Políticas Marítimas e Pesqueiras.

“Os fenómenos impactam, por exemplo, espécies consideradas em extinção, ecossistemas marinhos, nos corais, e os recursos pesqueiros começam a ter algumas dificuldades em termos de existência”, explicou Antia.

Por isso, Rodrigo Fernandes, representante do Fórum da Sociedade Civil para a área Marítima e Costeira (FOSCAMC) defendeu a adopção de estratégias nacionais para garantir o desenvolvimento sustentável das espécies marinhas.

“Esperamos contar, muito em breve, com outros avanços importantes, como a estratégia nacional e plano de acção para a gestão de recifes de corais, o plano de acção para a gestão e conservação de tubarões e raias, a regulamentação da pescaria do polvo, a finalização da estratégia de economia azul, a aprovação da proposta do Plano de Acção de Combate ao Lixo Marinho, e da proposta de Regulamento sobre o Banimento da Produção, Importação, Comercialização e Uso do Saco de Plástico, bem como outros regulamentos e políticas específicas para a redução do lixo plástico no mar”, referiu.

Em representação da ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Simeão Lopes destacou a necessidade de fortalecer a interacção entre os diferentes actores que exploram a área marinha e costeira.

“Soluções baseadas na natureza e que envolvam as nossas comunidades costeiras continuam a ser a grande aposta para a identificação de soluções para os diversos desafios já elencados e que impactam na saúde do mar, visando assegurar o futuro das gerações mais novas. Há necessidade de manter as organizações da sociedade civil que actuam na área marítima e costeira actualizadas quanto ao quadro político e legal aprovado, ou em elaboração”.

A quinta reunião nacional contou com a participação de organizações da sociedade civil provenientes de todas as províncias do país e quadros do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas.

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