No comício que hoje orientou em Mossurize, na vila de Espungabera, em Manica, o Presidente da República explicou o que o Governo pretende fazer com os 880 milhões de dólares das mais-valias da venda dos activos da Anadarko para a Total. Naquele ponto do país, Filipe Nyusi apontou três caminhos: suprir o défice do custo da realização das eleições deste ano. Igual modo, o Governo pretende pagar a dívida que tem com as empresas nacionais. Por fim, o valor deve ser usado para suprir o défice fiscal decorrente das medidas tomadas para fazer face aos estragos provocados pelo ciclone Idai na economia nacional.
A outra parte do valor das mais-valias, segundo Nyusi, deverá ser usado para reserva orçamental. E o Presidente sublinhou, no que às dívidas diz respeito: “ninguém está a falar das dívidas não declaradas. Estamos a falar dos nossos compatriotas que prestam serviços ao país, que constroem escolas, hospitais e estradas, os quais precisam ser pagos como forma de incentivar a actividade económica dos moçambicanos”.
Nyusi disse no seu comício que a sua governação foi com o máximo de transparência possível, ouvindo o que o povo quer, equacionando daí soluções para o mesmo, sempre com prestação de contas.
Ainda no comício, Nyusi explicou o que foi feito com os 375 milhões de dólares das mais-valias decorrentes da compra de acções por parte da ExxonMobil a ENI. O Presidente da República disse que também esse valor foi usado para pagar as empresas de modo a financiá-las na construção de hospitais.