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Nazira Abdula quer acções concretas contra roubo de medicamentos

A Ministra da Saúde exige dos profissionais do sector, acções concretas visando combater o roubo de medicamentos nos hospitais públicos para a venda nos privados. Uma exigência feita, esta quarta-feira, em Maputo, na abertura do quadragésimo terceiro Conselho Coordenador do Ministério da Saúde

O encontro do órgão máximo do sector da saúde no país está a ser dirigido pela Ministra do pelouro, que, convidada a intervir na abertura, mostrou-se preocupada com os altos níveis de crescimentos de doenças transmissíveis e não transmissíveis.

“A situação epidemiológica do País é ainda dominada por um elevado peso de doenças transmissíveis; entretanto, as doenças não transmissíveis (DNT), nomeadamente a diabetes, o cancro, a hipertensão arterial, as doenças cardiovasculares e o trauma, principalmente por acidente de viação, também estão a tornar-se uma grande preocupação. O Trauma já representa um problema de saúde pública que requer a nossa pronta e adequada resposta para minimizar o efeito no cidadão”, explicou a dirigente.

Nazira Abdula destacou a importância desta reunião, pela oportunidade que a mesma oferece para que se reflita em volta dos problemas que enfermam o sector no país. Que, quanto a si, serão resolvidos com adopção duma nova postura.

“Temos que tornar o nosso Sistemas e Serviços de Saúde robustos, resilientes e activos, que possam sustentar a prestação equitativa de serviços integrados tal como a Prevenção, Promoção de Saúde, Serviços curativos e de reabilitação de boa qualidade que possibilitem o acesso vital a todos os indivíduos, comunidades e população”, argumentou para mais tarde afirmar que “vamos aferir os resultados referentes ao combate ao mau atendimento que, ainda que pouco, prevalece nas nossas unidades sanitárias. Queremos evidências da melhoria da qualidade dos serviços de saúde à nossa população em função dos investimentos que têm sido feitos pelo governo no alargamento e apetrechamento da rede hospitalar”.

Mas nem tudo está perdido, pois Abdula diz que há avanços que o sector da saúde tem vindo a registar nos últimos tempos, tais são os casos de aumento de pacientes em Tratamento Anti-Retroviral de 94% em 2016 para 95% em 2017, tratamento de crianças afectadas por desnutrição crónica de 72% em 2016 para 81% em 2017 e número de crianças HIV+ que recebem o TARV aumentou de 76.004 em 2016 para 86,255 crianças, em 2017.

Para a ministra da Saúde, a prevenção é uma das melhores actuações dos agentes do sector da Saúde. “É a chave para descongestionar os nossos hospitais, assegurar a qualidade de atendimento e responder à demanda imposta ao sector, com enfoque na prevenção do HIV, da tuberculose e da malária.”

Como mecanismos de combate à malária, uma das doenças mais mortíferas do país, o sector da saúde tem a pulverização intra-domiciliária, distribuição de redes mosquiteiras nas consultas pré-natais e em Campanha, diagnóstico e tratamento nas unidades sanitárias e comunidades.

O Ministério da Saúde está reunido, desde esta quarta-feira, no quadragésimo terceiro Conselho Coordenador, do qual participam membros dos membros, profissionais, parceiros de cooperação e outros actores interessados.

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