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Muzila celebra vida na Fundação Fernando Leite Couto

O cantor e saxofonista irá apresentar-se em concerto às 18 horas de quinta-feira, na Fundação Fernando Leite Couto, na Cidade de Maputo. Muzila será acompanhado por Válter Mabas e Hélder Gonzaga no concerto designado Celebrating life.

 

Na verdade, Celebrating life é o título do disco de Muzila, que, não fossem as restrições impostas pela COVID-19, seria lançado ainda este ano. Com a incerteza causada pela pandemia, o cantor e saxofonista decidiu então aceitar o convite de actuar ao vivo na Fundação Fernando Leite Couto, às 18 horas de quinta-feira, como forma de promover os temas que farão parte do disco.

Durante meia hora, claro, o que não é suficiente para o artista interpretar todos os temas do projecto de disco, Muzila levará ao público, que acompanhará a actuação através do Facebook e Instagram da Fundação Fernando Leite Couto, músicas como “O pescador”, “Moçambique” e “Life so amazing”. E é pela vida ser tão incrível que o saxofonista far-se-á acompanhar por dois instrumentistas: Válter Mabas (guitarra) e Hélder Gonzaga (baixo).

Referindo-se ao concerto, Muzila considera que esta oportunidade de actuar num contexto adverso funciona como uma salvação, porque, em geral, os artistas não têm trabalho, já que tudo, quer dizer, quase tudo está encerrado.

A maior parte do repertório a ser apresentado pelo cantor é composto por músicas cantadas. Entretanto, para quem o prefere ouvir a soprar, o saxofone não andará longe. Pelo contrário, esse leal amigo do artista libertará os sons que o definem ao longo de vários anos na música.

Ora, e além do show na Fundação Fernando Leite Couto, o que é feito de Muzila? “Neste momento de isolamento social, o que tenho feito é praticar e seguir algumas rotinas domésticas, para não ficar deprimido. O momento que enfrentamos é um pouco stressante e temos de saber gerir a ansiedade”.

O momento actual também é difícil para Válter Mabas. Ainda assim, o guitarrista sublinha: o show revela que, apesar das novas circunstâncias, é possível levar alegria e esperança às pessoas, porque a arte faz e sempre fará parte da vida do povo. “A música, para nós, é como se fosse alimento. Então, ficar um tempo sem tocar é algo que nos dá ansiedade, por questões financeiras e afectivas. Não tocar para o público mexe com a nossa disposição”, afirmou Mabas, para quem acompanhar Muzila é um prazer, por aquele ser um cantor e saxofonista muito dotado. Por isso mesmo, garante o guitarrista, o público pode esperar muita “boa onda”.

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