O Município de Maputo diz estar com orçamentos limitados para fazer intervenções de fundo em ruas e avenidas da urbe seriamente degradadas, por isso vai optando pela manutenção de rotina, tapando os buracos. Ainda assim, o executivo de Eneas Comiche volta a prometer que, até ao final do ano, as obras de reabilitação vão arrancar.
Esta quarta-feira, o jornal “O País” publicou uma notícia que dava conta de que o Município de Maputo está a tapar buracos nas ruas e avenidas da cidade e não reabilitar conforme o prometido.
Esta quinta-feira, não tardou o pronunciamento da edilidade, como, aliás, já havia essa promessa de explicar os contornos à volta do tapamento dos buracos em curso. “Se não há dinheiro suficiente, não se pode fazer muito quanto à reabilitação das estradas da cidade de Maputo”, diz Saturnino Chembeze, director municipal de Infra-Estruturas. Mesmo reconhecendo que remendar tantas vezes a mesma estrada acaba por não ser sustentável, tapar buracos é, por enquanto, para minimizar o problema.
“Os orçamentos que existem são limitados, não dão para tudo e, por isso, nós priorizamos e fazemos em função disso. Devo dizer que, neste momento, estamos próximos à época chuvosa e devemos preparar os pavimentos, para que, quando chegar essa época, a coisa não esteja tão grave, mas são manutenções de rotina que nós fazemos permanentemente. Devo dizer, também, que é precisa uma intervenção mais profunda, porque acabamos por ter muitos remendos e precisamos de fazer um trabalho mais abrangente”.
Quanto às estradas em situação crítica, o caso das Avenidas Julyus Nyerere, Guerra Popular e da Organização das Nações Unidas, a autarquia não tem data exacta para o arranque das obras e, devido ao aumento de buracos, podem ser feitas intervenções pontuais.
“Essas são as ruas mais problemáticas cujo mecanismo de intervenção ainda está a ser estudado. É possível que até façamos algumas intervenções pontuais para minimizar a situação. Mas, o fim disto é uma intervenção mais profunda, pois, como digo, as estradas estão numa situação má, as bases e os passeios…enfim. Agora, eu não consigo dizer uma data exacta, porque depende de muitos processos que estão por detrás disso.”
Chembeze disse ainda que o Município de Maputo não está a reabilitar as estradas por falta de vontade e muito menos está a agir de má-fé, garantindo que o objectivo é repor a transitabilidade das rodovias.