O Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) quer que a Procuradoria Geral da República investigue os alegados desvios e sabotagem nas Linhas Aéreas de Moçambique.
“Tendo em conta a gravidade das informações vindas a público, o IGEPE, representante do accionista-Estado na LAM e entidade que gere e coordena o sector empresarial do Estado, instruiu a FMA e a LAM a apurarem os factos e canalizarem imediatamente as suspeitas às autoridades competentes, tendo sido apresentada uma solicitação de investigação na Procuradoria da Republica da Cidade de Maputo”, lê-se num comunicado a que o nosso jornal teve acesso.
O IGEPE diz que “reitera o seu compromisso com a lisura, transparência e legalidade na gestão de capitais públicos e manifesta a sua disponibilidade em colaborar com as investigações com vista ao apuramento da verdade”, lê-se num comunicado.
No dia 12 deste mês, o director de reestruturação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) denunciou um esquema de desvio de dinheiro, com prejuízos em lojas de venda de bilhetes, através de máquinas dos terminais de pagamento automático (POS) que não são da companhia.
Reagindo ao escândalo, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, disse que, se ficar provado que houve desvio de dinheiro nas Linhas Aéreas de Moçambique, conforme denunciou a Fly Modern Ark, haverá responsabilização dos gestores da empresa através de entidades competentes.
“Se a regra de gestão foi violada, isto tem de ser corrigido, e há instrumentos legais, financeiros, para a resolução do problema. Todos os problemas na gestão vão surgindo, infelizmente, o importante é termos solução, para não termos problemas que temos e, se de facto existir alguma má intenção nesse processo, então temos as instituições que tratam desse problema. Portanto, temos de ajudar a empresa e os gestores a encontrarem o caminho correcto.”