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Município da Matola-Rio ainda sem instalações próprias

A recém-criada autarquia da Matola-Rio começou, esta quinta-feira, a funcionar pela primeira vez. O Conselho Municipal ainda não possui instalações próprias. Vai partilhar o edifício com o posto administrativo. No entanto, já definiu melhoramento de estradas, remoção e tratamento de lixo como prioridades.

“Penso que o Município deve apostar em melhorar as nossas estradas. Veja esta principal, está a degradar-se mas as que estão piores são as do interior. O cemitério deve ser reparado. Temos problemas sérios de transporte. Deve-se resolver essa situação. Passamos mal com a falta de transporte”, pronunciou-se a munícipe Maria Helena.

Fernando Salvador, também munícipe da nova autarquia da Matola-Rio, diz que a prioridade devem ser as estradas. “As estradas estão péssimas. Lá dentro está pior. Então, acredito que o presidente, como conhece bem isto, tem de resolver primeiro a questão de estradas”.

O jornal O País ficou a saber que o Município não tem nenhuma infra-estrutura para o seu funcionamento. Neste momento, o Conselho Municipal vai partilhar infra-estruturas com o  Governo do Distrito de Boane, particularmente o posto administrativo da Matola-Rio, onde o edil vai partilhar o gabinete com o chefe do Posto, situação que, segundo o edil Abdul Gafur, só poderá ser ultrapassada com a implantação de novas infra-estruturas.

“É um desafio instalarmos o Município. O acordo que fizemos com o Governo do distrito de Boane é mesmo para a partilha de instalações”, explicou o edil da Matola-Rio.

Abdul Gafur aponta as estradas como prioridade. “Grandes desafios que temos também são vias de acesso, tirando a via principal, que é a rua da Mozal, que também já está degradada. Temos aquelas vias que vão para o interior dos bairros e estão em péssimas condições, e nós temos de atacar isso e trazer a transitabilidade para os nossos munícipes”.

Uma parte do primeiro dia de trabalho do Município da Matola-Rio foi reservada a reuniões entre o edil e os funcionários.

“Esta é uma vila em que os resíduos sólidos não têm tido o tratamento adequado e nós temos de começar a fazer isso, falar com as pessoas para melhor manusear o lixo e criarmos toda uma infra-estrutura para podermos trabalhar eficazmente, de modo a garantir o melhor saneamento do meio para os munícipes”, explicou.

A autarquia da Matola-Rio tem pouco mais de 100 mil habitantes, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. Fazem parte dela seis bairros. 

A indústria transformadora é uma das principais actividades económicas, com destaque para a multinacional Mozal e o Parque Industrial de Beluluane. 

O presidente, Abdul Gafur, diz que vão ser introduzidos vários impostos e taxas, com destaque para o imposto pessoal autárquico, a taxa de actividade económica, o imposto predial, entre outros que serão definidos pela Assembleia Municipal.

Até aqui, vão ser criadas seis vereações e uma parte dos vereadores vai ter de trabalhar no edifício da localidade sede da Matola-Rio, que dista cerca de cinco quilómetros do posto administrativo.

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