O Município da Matola já está a bombear a água das chuvas que há mais de três semanas alagou mais de 100 casas, afectando o igual número de famílias, incluindo diversas ruas do bairro Khongolote.
O jornal O País reportou, por várias ocasiões, que há mais de 100 casas e várias ruas alagadas no bairro Khongolote, onde os moradores abandonaram as respectivas residências.
O Município da Matola mobilizou, esta quarta-feira, duas máquinas retroescavadoras para abrirem canais, que vão escoar as águas estagnadas há quase um mês.
“Um sentimento de total felicidade e de alívio. Tenho a certeza de que, ao sair, vou encontrar a minha casa sem água”, disse, feliz, Cidália Tsenani, munícipe da Matola.
Com a casa cercada de água e a sofrer roubos, Célia Nhabinde diz estar disposta a abandonar a sua casa para ser reassentada em local seguro.
“O Município [da Matola] já avisou que não quer mais ninguém ali por considerar que é um corredor de água, por isso, quando estiverem criadas as condições, vamos remover as chapas de zinco, destruir a casa e ter uma nova numa zona segura”, referiu Célia Nhabinde, munícipe da Matola.
As autoridades de Infulene consideram necessária a acção da edilidade apesar de ser contestada por alguns moradores.
“Esta actividade de hoje (a referir-se a esta quarta-feira) é mesmo para retirarmos a água que está nos quintais e nas casas destas pessoas, que correspondem a 100 famílias. Trouxemos estes equipamentos para trabalhar nisso; podemos não terminar hoje, mas vamos trabalhar para aliviar estas famílias”, avançou Manuel Honwana, chefe do posto administrativo municipal de Infulene.
Foi mobilizada a Polícia Municipal e a de Protecção para conter os ânimos de um grupo de moradores que se opõe à abertura dos canais, sob alegação de que a água pode inundar os seus quintais.