O maior partido da oposição exige que a Comissão Nacional de Eleições invalide a reclamação que recebeu sobre a selecção do novo dirigente do STAE.
Através de um despacho, a Comissão Nacional de Eleições decidiu anular a tomada de posse do novo director-geral do STAE, Loló Correia. De acordo com a entidade, tal resulta de uma reclamação por si recebida sobre o concurso de recrutamento e selecção.
A decisão não agrada a Renamo. O maior partido da oposição acusa a CNE de adiar de forma ilegal e fraudulenta a cerimónia de tomada de posse.
“É um processo ilegal e ilegítimo. A reclamação que surgiu é extemporânea, intempestiva e não há razões de ser porque um órgão colegial tomou a decisão com base num relatório, numa acta de um júri indicado pelo órgão.”
A Renamo vai mais longe e diz que, neste momento, o processo está consumado, a tomada de posse é irreversível e não há nenhum argumento nem jurídico, nem técnico, muito menos político para haver este adiamento.
O partido exige que a CNE recue da sua decisão, invalidando o despacho 8/2022 de 19 de Setembro, que adia a tomada de posse do novo dirigente do STAE.
“Eximos a anulação do despacho 8/2022 de 19 de Setembro do presidente da CNE que pretende adiar ilegal, ilegítima e ironicamente a tomada de posse do novo director-geral do STAE. Exigimos também que a data de tomada de posse que hoje, dia 21 de Setembro de 2022, seja mantida conforme a deliberação colegial havia fixado”, conclui.
Para ter esclarecimentos sobre a decisão, o jornal “O País” contactou o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, que disse que o órgão ainda está a avaliar o conteúdo da contestação.