Os casos de diabetes no mundo podem chegar a 1300 milhões em 2050, mais do dobro do que em 2021, caso não sejam planeadas estratégias eficazes, alertam novos estudos sobre a doença publicados pelo The Lancet e The Lancet Diabetes and Endocrinology.
Em 2021, existiam 529 milhões de pessoas com diabetes e a diabetes tipo 2 representava 90% de toda a prevalência desta doença, que se prevê que seja também responsável pelo possível aumento de casos, até 1300 milhões, em 2050.
Segundo a revista científica The Lancet, citada pelo Noticias ao Minuto, “o racismo estrutural sofrido por grupos étnicos minoritários e a desigualdade geográfica experimentada por países de baixo e médio rendimento estão a acelerar o aumento das taxas de diabetes, doenças e mortes em todo o mundo”.
As taxas de diabetes entre grupos étnicos minoritários em países de alta rendimento, como os Estados Unidos, são 1,5 vezes mais altas do que em brancos. Além disso, as taxas de mortalidade por esta doença em países de baixo e médio rendimento são o dobro do que nos países de alto rendimento.
Os estudos revelam ainda que a pandemia de COVID-19 também ampliou a desigualdade na diabetes, sendo que pessoas com diabetes são 50% mais propensas a desenvolver uma infecção grave e duas vezes mais propensas a morrer, especialmente se pertencerem a grupos étnicos minoritários.
As estimativas indicam que mais de três quartos dos adultos com diabetes viverão em países de baixo e médio rendimento até 2045, dos quais menos de 1 em cada 10 receberá cuidados abrangentes baseados em diretrizes.
Atualmente, a taxa de prevalência global é de 6,1%, tornando a diabetes uma das 10 principais causas de morte e incapacidade.
Por região, a taxa mais alta é de 9,3% no norte da África e Médio Oriente, e deve subir para 16,8% em 2050, enquanto na América Latina e Caraíbas estima-se que crescerá para 11,3%.