Os Estados Unidos e a União Europeia não reconhecem os resultados dos referendos realizados na Ucrânia sobre uma anexação pela Rússia. A União Europeia acusa Moscovo de querer “mudar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia.
Enquanto não cessa o som das armas da guerra russo-ucraniana, decorre uma tentativa de anexação dos territórios ucranianos sob domínio russo.
A Rússia propôs a votação de um referendo nas cidades de Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Lugansk. O escrutínio, que decorreu entre 23 e 27 de Setembro, teve resultado positivo para a anexação dos territórios ucranianos à Rússia.
Entretanto, os 27 membros da União Europeia dizem que não conhecem os resultados do que chamam de referendos “ilegais” promovidos pela Rússia.
O alto representante da União Europeia, Josep Borrell, acusou a Rússia de querer “mudar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia pela força, em clara e grave violação da Carta das Nações Unidas”.
A Comissão Europeia propôs a aplicação do oitavo pacote de sanções à Rússia, devido à guerra na Ucrânia, com a realização de “referendos fraudulentos”, mobilização parcial e a ameaça de recurso a armas nucleares.
Entre vários castigos a serem aplicados à Rússia, apresentados por Ursula von der Leyen, destaque vai para a instituição de um teto ao preço do petróleo russo.
Da América, Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, assegurou que, além de não concordar com os resultados dos referendos, os Estados Unidos estão a preparar um novo pacote de sanções à Rússia.
De acordo com as contagens, 93,11% dos cidadãos de Zaporíjia votaram a favor da anexação à Rússia, enquanto em Kherson a percentagem foi de 87,05%.