Moçambique deve criar uma unidade de secas e cheias para melhor enfrentar os efeitos das alterações climáticas. A recomendação foi feita esta quarta-feira, em Maputo, pela Comissão Nacional sobre Mudanças Climáticas.
Reunida pela terceira vez, desde a sua criação, em Abril deste ano, a comissão técnico-científica sobre mudanças climáticas, defendeu que Moçambique deve criar uma unidade de gestão de secas e cheias.
Da reunião, saiu também a recomendação de que o país deve acelerar o seu plano de actividades para obter financiamento internacional, que ajude a melhorar a adaptação às alterações climáticas.
Falando aos jornalistas, Genito Maúre, porta-voz da Comissão técnico-científica sobre Mudanças Climáticas, salientou ainda que Moçambique tem estado a ser elogiado pela forma como tem estado a enfrentar os eventos climáticos extremos, que a cada ano assolam o país.
A comissão, liderada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, é composta por 21 membros com formação em diversas especialidades, incluindo Gestão em Risco de Desastres, Meteorologia, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Recursos Hídricos, Conservação e Restauração, Arquitectura e Humanidades.
À entidade, cabem as tarefas de identificação de áreas de intervenção prioritárias, recursos humanos, técnicos e financeiros para prevenir e mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos.
O organismo deve também avaliar a adequação e eficiência das políticas, estratégias, planos sectoriais e instrumentos legais necessários no domínio das mudanças climáticas.
O aconselhamento sobre as soluções técnicas e científicas visando a intensificação e eficiência da prevenção e resposta aos desastres naturais igualmente fazem parte do trabalho da estrutura.
Vários estudos nacionais e internacionais consideram Moçambique um dos países mais propensos às mudanças climáticas, sendo anualmente assolado por eventos severos, como ciclones e inundações.

