O actual ministro da justiça, Sérgio Moro, descredibilizou as investigações ao ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardosos por não querer proteger alguém cujo apoio é importante.
Moro trocou mensagens com o procurador Deltan Dallagnol, em que afirmava que os indícios de irregularidades envolvendo Fernando Cardoso eram muito fracos, sugerindo que o suposto crime já estaria prescrito.
"Acho questionável pois melindrar alguém cujo apoio é importante", escreveu Moro.
Já o procurador Dallagnol disse que o envio das investigações para São Paulo, teria sido propositado, com o intuito de transmitir uma percepção pública de imparcialidade.
Em causa estavam investigações de "caixa dois", ou seja, recursos financeiros não contabilizados e não declarados por Fernando Henrique Cardoso aos órgãos de fiscalização competentes do Poder Executivo.
"O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa", afirmou Cardoso.
O The Intercept afirma que o antigo Presidente Fernando Henrique Cardoso foi citado na Operação Lava Jato pelo menos nove vezes, acrescentando que caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-mandatário estariam prescritos.