Mais de uma centena de residentes do Bairro Sidwava marchou, esta segunda-feira, até a Presidência da República, na cidade de Maputo, para pedir ao Chefe do Estado, a paralisação de treinos militares, que na semana passada resultaram na morte de um menor de seis anos.
Entoando cânticos religiosos, os manifestantes partiram do Jardim dos Professores, tendo como destino a Presidência da Republica onde pretendiam colocar a sua preocupação ao chefe de Estado, Filipe Nyusi.
Os residentes de Sidwava dizem que os treinos colocam em risco as suas vidas. Dizem que é a segunda vez que marcham e já enviaram cartas ao Presidente mas nunca tiveram uma resposta satisfatória.
A marcha desta segunda-feira durou cerca de meia hora. Os manifestantes amotinaram em frente à Presidência e alguns membros foram indicados para entrar para expor o problema. Duas horas depois veio a resposta: a Presidência remeteu o assunto ao Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba.
A população queixa-se ainda de usurpação de terra e maus tratos pelos militares. O conflito de terra, segundo O País apurou dos manifestantes, dura há oito anos, uma vez que, segundo eles, o quartel foi instalado em 1981 mas as pessoas usavam o espaço para machambas desde 1974.