Os moradores dos bairros das Mahotas e de Magoanine A, na cidade de Maputo, usam canoas improvisadas para se locomover no interior do bairro, devido às inundações. Os mesmos dizem-se agastados e pedem que as águas da chuva sejam removidas com urgência.
A canoa é um dos meios improvisados para se fazer às ruas, no bairro das Mahota, na Cidade de Maputo. Trata-se de uma realidade que perdura há muito tempo, no quarteirão 16, e que é revivida sempre que chove.
Se, por um lado, as casas foram quase engolidas pelas águas da chuva, por outro, as ruas que dão acesso às residências estão também inundadas.
Entre pequenas pontes de chapas de zinco e até de troncos de árvores, sacos de areia nas entradas das casas, é tudo improvisado na tentativa de permitir que os moradores do bairro façam a rua.
A água é tanta que os quintais das residências transformaram-se em locais propícios à pesca.
Mas, a preocupação mesmo é que há uma ameaça contra à saúde e à vida dos moradores do bairro.
Já no bairro de Magoanine “A”, o exercício é feito quase todos os dias, por Agostinho Vilanculos, para avaliar se o nível das águas já o permite regressar à sua casa, abandonada depois das inundações, em 2023.
Algo que o deixa sem esperança, pois o resultado é sempre negativo.
Enquanto a água da chuva não seca, dezenas de famílias vêem-se obrigadas a arrendar.
Sobre o assunto, o município de Maputo prometeu pronunciar-se oportunamente.
Os bairros de Magoanine, Mahotas e Hulene são os mais vulneráveis às inundações urbanas na capital do país.