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Moçambique revalida título regional de boxe com 13 medalhas

Moçambique revalidou o título africano de boxe ao nível da Zona IV, prova que teve lugar em Maputo. A selecção nacional conquistou um total de 13 medalhas, oito de ouro, três de prata e duas de bronze. Os atletas consideram que a conquista foi fruto de muito sacrifício. 

E o sol voltou a brilhar para Moçambique. O boxe nacional reafirmou a sua hegemonia ao nível da região. Pouco ou nada a provar, senão colectar medalhas. Não foi a primeira, mas sim a segunda vez nos últimos três anos, ou seja, Moçambique é bicampeão africano de boxe da zona IV. Repetiu o feito de 2022, curiosamente em Maputo.

Em femininos, as medalhas de ouro foram conquistadas por Alcinda Panguana, Fidelicia Cumbe, Latifa Camilo e Benilde Macaringue. Em masculinos, o ouro foi para Armando Sigaúque, Yassine Nordine, Lourenço Cossa e Lázaro Comé. 

Alcinda Panguana, uma das estrelas do pugilismo moçambicano, diz estar acostumada a grandes vitórias, e esta, mais uma, não foi novidade. “É gratificante estar aqui a receber mais um título, uma vez já estou acostumada, porque trabalho para isso, mas é de louvar o esforço, o meu esforço está a ser compensado hoje. Então, vou continuar a trabalhar para fazer face às outras competições”, disse.

Por seu turno, Yassin Nordine disse que esperava um adversário melhor para provar as suas valências. “Foi uma luta igual a qualquer uma. Eu esperava encontrar muito mais de um adversário, mas eu não consegui provar mais, e eu vi a melhor”.

Já o pugilista olímpico Armando Sigaúque disse sentir-se orgulhoso dos combates que teve e do título conquistado. “Sinto-me orgulhoso, porque eu disse, eu prometi-vos, e cumpri. Isso é uma prova de que o que eu falo eu cumpro”, garantiu Sigaúque.

É um título com muitos significados, conquistado com muito sacrifício, segundo deu a entender Latifa Camilo. “Esperei tanto para que a selecção me conhecesse, e eu precisei de mostrar que, de verdade, preciso de estar na selecção, graças a Deus, graças à oportunidade e graças ao meu bisavô Noami, que me formou”, revelou.

Benilde Macaringue, outra pugilista moçambicana que disputou o regional de boxe, disse estar feliz com a recuperação do título falhado nas últimas edições, depois de conquistado em 2018. 

“Sinto-me muito feliz por ter recuperado o meu título, depois de 2018, se a memória não me falha, depois de 2018, no outro campeonato fui ficando em segundo, em terceiro, agora em primeiro lugar”, comentou Macaringue.

Finalmente, Lázaro Comé espera poder inspirar mais jovens com o título conquistado. “Aproveitar esse grande momento para inspirar os mais novos. Quem pratica como qualquer que seja a modalidade, que se dedique, que dê esforço, que faça de tudo para que um dia seja campeão”, revelou Comé.

Botswana foi segundo classificado, com duas medalhas de ouro, o mesmo número de prata e 3 de bronze. Lesotho, em terceiro lugar, amealhou duas medalhas de ouro e duas de prata. Seychelles, com uma medalha de ouro e prata, esteve em penúltimo lugar, e Eswatine, na última posição, ficou com cinco medalhas de prata e três de bronze.

A pugilista moçambicana Benilde Macaringue foi eleita a melhor do torneio em femininos, e Khobamelo Molatheghi, do Botswana, em masculinos.

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